O Equador pode contar com o "apoio irrestrito da Colômbia" para realizar a "reforma do sistema carcerário", declarou Duque, da cidade caribenha de Cartagena.
O presidente colocou o Ministério da Justiça e o Instituto Penitenciário Nacional à disposição para o sucesso da iniciativa.
Em novembro, Lasso propôs um "projeto de lei de defesa do cidadão" para enfrentar a crise que, só neste ano, deixa 316 mortos em confrontos entre gangues rivais.
Nesta sexta, Quito anunciou a criação de uma comissão de representantes da sociedade civil, igrejas e academia que buscará ferramentas para erradicar a violência.
Duque elogiou a proposta de Lasso, apontando que busca criar um "sistema transparente e eficaz que realmente proporcione a ressocialização" dos presidiários.
O "povo do Equador agradece toda a ajuda que nos pode dar neste assunto e em termos de segurança em geral", respondeu Lasso.
Acompanhados de seus gabinetes, os presidentes abordaram também a reabertura gradativa da fronteira, que começou nesta quarta-feira com a passagem de veículos após 20 meses de fechamento por conta da pandemia e que nesta sexta-feira foi estendida à travessia de pessoas.
Também discutiram comércio, meio ambiente e desenvolvimento sustentável, entre outros pontos.
É a quarta vez que Lasso se reúne com Duque desde que ele venceu a eleição em abril. Na última reunião, no final de novembro, a Colômbia prometeu agilizar a repatriação de cerca de 170 detidos para aliviar a superlotação das prisões equatorianas, que é de 30%.
Delegados da Comissão Interamericana de Direitos Humanos (CIDH) que analisaram a situação disseram que vão emitir "recomendações técnicas" nos próximos dias.
Lasso atribui a violência aos grupos do narcotráfico, que usam seu país para o trânsito e o armazenamento de cocaína.
A Colômbia, maior exportador mundial desta droga, também se comprometeu a apoiar a "luta contra o crime transnacional".
BOGOTÁ