O custo de vida aumentou 51,2% na medição interanual, um dos maiores índices inflacionários do mundo.
O governo do presidente Alberto Fernández anunciou esta semana que o controle da inflação é um dos pontos que negocia com o FMI para refinanciar os pagamentos de uma dívida de mais de 44 bilhões de dólares, contraída pelo governo anterior de Mauricio Macri.
Ao dirigir-se ao Congresso na segunda-feira, o ministro da Economia, Martín Guzmán, confirmou que uma política de concertação dos preços da cesta básica com empresas será estendida a 2022, após os magros resultados do congelamento disposto este ano para cerca de 1.400 produtos.
A última análise de expectativas do Banco Central, elaborada com base em relatórios dos 42 maiores bancos, consultorias e centros de pesquisa, lançou uma projeção de inflação de 51,1% para os doze meses de 2021.
Os dois setores que tiveram as maiores altas em novembro foram os de Restaurantes e Hotéis (+5,0%) e Vestuário e Calçados (+4,1%).
A economia argentina ainda luta para sair de uma recessão que se instalou em 2018 em meio a uma crise financeira e econômica, cujo paliativo temporário foi o crédito stand by do FMI.
O Produto Interno Bruto (PIB) crescerá 10% este ano, depois de cair 9,9% em 2020 no contexto da pandemia de covid-19, segundo estimativas do Ministério da Economia.
BUENOS AIRES