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Estado de Minas MADRI

Ex-chefe de governo espanhol nega envolvimento em suposto caso de espionagem


13/12/2021 16:40

O ex-presidente de governo da Espanha, Mariano Rajoy, negou nesta segunda-feira (13) a uma comissão do Congresso que tivesse conhecimento, quando estava no poder, de um suposto esquema para espionar o ex-tesoureiro de seu partido, que possuía documentos comprometedores.

"Jamais tive conhecimento da existência desta operação", afirmou Rajoy em depoimento à comissão parlamentar. "Por isso, não dei nenhuma instrução de algo que eu não tinha conhecimento", acrescentou.

No caso, que ficou conhecido como "Kitchen" ("cozinha") em referência ao codinome do informante ("cozinheiro"), a Justiça investiga se o ex-tesoureiro do Partido Popular (PP) de Rajoy, Luis Bárcenas, foi espionado ilegalmente, já que possuía documentos comprometedores de vários integrantes do PP e do governo.

A Justiça espanhola quer esclarecer se essa operação foi dirigida pelo ministro do Interior de Rajoy, Jorge Fernández Díaz, que também está sendo processado pelo caso.

Visivelmente incomodado, Rajoy pediu aos deputados que apresentassem provas de que o ex-ministro participou da operação.

A investigação sobre a operação "Kitchen" é um desdobramento de outra iniciada pela Justiça espanhola após a prisão do ex-policial José Manuel Villarejo, em 2017, que é conhecido por ter grampeado diversas personalidades políticas sem o consentimento delas.

No sumário da investigação, há uma conversa entre Villarejo e o informante da operação que indica que Bárcenas tinha documentos comprometedores para Rajoy, que foi chefe de governo entre 2011 e 2018.

Rajoy disse que Bárcenas e Villarejo "têm problemas sérios nos tribunais e se defendem da forma que consideram oportuna e conveniente". "Como eles têm o direito de mentir, dizem o que querem", afirmou.

Bárcenas esteve no epicentro da investigação sobre o esquema "Gürtel", um escândalo de financiamento ilegal do PP que acabou derrubando o governo de Rajoy, após a aprovação de uma moção de censura no Congresso.

Ao chegar ao poder depois desse processo, o governo do socialista Pedro Sánchez, com seus aliados de esquerda do Podemos, aprovou a criação de uma comissão parlamentar para investigar o caso "Kitchen".


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