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Estado de Minas LONDRES

Reino Unido aposta na terceira dose da vacina frente à 'forte onda' da ômicron


12/12/2021 19:25 - atualizado 12/12/2021 19:25

Diante da chegada de "uma forte onda da ômicron", o primeiro-ministro britânico, Boris Johnson, anunciou na noite deste domingo (12) que a nação vai reforçar a campanha de vacinação com uma terceira dose de reforço contra a covid-19 para todos os adultos até o fim de dezembro.

"Ninguém deve ter dúvidas: vem uma forte onda da ômicron", disse Johnson em mensagem televisionada, depois que os especialistas elevaram o nível de alerta para a covid, devido ao "rápido aumento" de infecções provocadas pela nova variante.

"Mas a boa notícia é que nossos cientistas estão convencidos de que com uma terceira dose - uma dose de reforço -, todos podemos aumentar nosso nível de proteção", acrescentou.

Desta forma, Johnson anunciou que vai antecipar em um mês a meta de oferecer a vacina de reforço a todos os maiores de 18 anos na Inglaterra. Agora, poderão recebê-la antes do fim do ano.

Os outros países do Reino Unido (Escócia, Irlanda do Norte e País de Gales) também vão acelerar seu programa de vacinação.

Os centros de vacinação serão incrementados, os horários serão estendidos e milhares de pessoas serão treinadas para aplicar as vacinas, disse o premier conservador.

- Aumento rápido -

As autoridades de saúde do Reino Unido subiram neste domingo o nível de alerta para a covid-19, devido ao "rápido aumento" dos casos da variante ômicron.

O índice subiu de três para quatro, o que indica que "o contágio é alto e que a pressão sobre o serviço de saúde é generalizada, significativa e está aumentando".

"Os primeiros elementos mostram que a ômicron se propaga muito mais rápido que a delta e que a proteção das vacinas contra os quadros sintomáticos da ômicron diminui", destacaram as autoridades.

Também assinalaram que ainda não se sabe a relação da ômicron com casos graves, e que isso ficará mais claro "nas próximas semanas", mas que já há hospitalizações causadas pela variante e que é "provável" que seu número "aumente rapidamente".

O Ministério da Saúde também anunciou neste domingo que, a partir da terça-feira (14), os casos detectados em pessoas totalmente vacinadas serão monitorados e elas deverão se submeter a testes de antígeno durante sete dias. Já os não vacinados deverão permanecer isolados por dez dias.

Essas medidas se somam à estratégia anunciada por Johnson, como o retorno ao trabalho remoto e a exigência de apresentação de um passaporte sanitário em alguns lugares, que serão votadas na terça pelo Parlamento.

As novas medidas seriam aprovadas graças ao apoio do Partido Trabalhista, de oposição, mas Boris Johnson se expõe à desconfiança de parte de seu campo conservador.

Entre os críticos, o deputado Steve Baker considerou as restrições suplementares "desproporcionais".

Baker disse à SkyNews que assim como ele, outros 60 deputados conservadores vão votar contra as medidas.

Além desta rebelião conservadora, Boris Johnson está fragilizado por uma série de escândalos relacionados com as supostas festas oferecidas em Downing Street no inverno passado, quando os britânicos eram obrigados a limitar as atividades sociais para evitar a propagação do vírus.

O número de casos da ômicron detectados no Reino Unido chegou a 3.137, o que representou um aumento de 65% em relação ao total de 1.898 casos registrados no sábado, mas o número real de contágios seria na verdade maior.

Detectada no Reino Unido há pouco mais de duas semanas, a ômicron deveria se tornar a variante dominante em alguns dias, avalia o governo.

O Reino Unido é um dos países mais atingidos pela pandemia, com cerca de 146.000 mortos, no total, e aproximadamente 50.000 novos contágios por dia.


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