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Estado de Minas BEIRUTE

Três membros do Hamas morrem em tiroteio em acampamento palestino no Líbano


12/12/2021 16:13 - atualizado 12/12/2021 16:19

Três membros do Hamas morreram neste domingo (12) por disparos no funeral de um membro do movimento islamita em um acampamento palestino perto de Tiro, no sul do Líbano, informou à AFP um responsável do grupo palestino, culpando o rival, Fatah.

O Hamas e o partido laico Fatah, do presidente da Autoridade Palestina, Mahmud Abbas, com sede na Cisjordânia, se enfrentam desde 2007, quando os islamitas assumiram o controle da Faixa de Gaza após confrontos sangrentos.

O encarregado do Hamas, Raafat al-Murra, acusou "militantes do [movimento palestino rival] Fatah de disparar em direção à caravana funerária" de um palestino que morreu em uma explosão no mesmo campo de Burj al-Shemali na sexta-feira. No ataque de hoje, acrescentou, seis pessoas ficaram feridas.

Por sua vez, Talal al-Abed Kassem, chefe das forças de segurança afiliadas ao Fatah no acampamento, afirmou que "o atirador não é um membro" desde movimento "nem das forças de segurança" e disse estar "disposto a qualquer investigação", segundo a agência de notícias oficial libanesa ANI.

Homens armados do Fatah e do Hamas já estavam mobilizados no setor antes dos disparos, segundo um dos moradores do acampamento.

Outro morador disse que "quando os tiros começaram, o cortejo fúnebre se retirou (...) e as pessoas fugiram do local". Desde então, o clima é tenso e o movimento Fatah está em alerta máximo, acrescentou.

O Líbano acolhe mais de 192.000 refugiados palestinos, a maioria nos 12 acampamentos do país, segundo dados oficiais de 2020.

Em virtude de um acordo de longa duração, o exército libanês não entra nesses acampamentos, onde a segurança é responsabilidade das facções palestinas, que têm armas leves.

Nos últimos anos, esses acampamentos registraram ataques, assassinatos e confrontos de grupos rivais.

Uma forte explosão aconteceu na sexta-feira em um depósito em Burj al-Shemali, que deixou um morto.

O Hamas disse que se tratava de "um curto-circuito em um armazém que continua botijões de gás e cilindros de oxigênio para pacientes com o coronavírus", enquanto uma fonte militar libanesa afirmou que a explosão ocorreu em um armazém de armas e munições.


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