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Estado de Minas CARACAS

Dolarização formal 'seria o pior erro histórico' para a Venezuela, diz vice-presidente


10/12/2021 18:15

Adotar o dólar como moeda "seria o pior erro" para a Venezuela, assegurou nesta sexta-feira (10) a vice-presidente Delcy Rodríguez, que anunciou políticas para "privilegiar" o uso do bolívar, a moeda nacional pulverizada pela hiperinflação e desbancada informalmente pela moeda americana.

"O ano de 2022 será de recuperação definitiva do bolívar como moeda nacional", assegurou Rodríguez na apresentação do orçamento nacional no Parlamento, de maioria governista.

"O bolívar é e será o bastião da nossa soberania monetária" e dolarizar "seria o pior erro histórico que nossa República poderia cometer", acrescentou.

O dólar, proscrito por 15 anos na Venezuela, começou a circular livremente em 2019, quando o governo do presidente Nicolás Maduro se viu forçado a afrouxar os controles de câmbio e os preços dominantes na era chavista.

Maduro já descartou em outras ocasiões uma dolarização completa da economia, embora justifique o uso informal do dólar como uma "válvula de escape" frente ao "bloqueio econômico" de Washington, que impôs um embargo petroleiro para tentar forçá-lo a deixar o poder.

O dólar se tornou a referência de preços no país: de uma barra de chocolate ao aluguel de um apartamento. De fato, segundo a companhia Ecoanalítica, 65% das transações em centros urbanos são feitas em dólares.

Rodríguez, ao contrário, estimou que 80% das operações comerciais são feitas em bolívares.

O governo impulsionou em setembro a terceira reconversão monetária do bolívar desde 2008, que na ocasião eliminou seis zeros para facilitar as transações. No total, a moeda já perdeu 14.

A inflação venezuelana acumula 574,4% até outubro de 2021, segundo o Banco Central.


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