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Estado de Minas HONG KONG

Magnata da imprensa Jimmy Lai condenado por vigília de Tiananmen em Hong Kong


09/12/2021 05:57

O magnata da imprensa Jimmy Lai e outras duas ativistas pró-democracia de Hong Kong foram condenados nesta quinta-feira (9) por participação em uma vigília por Tiananmen (Praça da Paz Celestial) que foi proibida pelas autoridades deste centro de negócios internacional.

O empresário de 74 anos, dono do jornal pró-democracia Apple Daily - que foi fechado -, foi julgado em um processo contra mais de 20 políticos e e ativistas que prestaram homenagem ao massacre da Praça da Paz Celestial de Pequim em 1989.

Além de Lai, a ex-jornalista Gwyneth Ho e a proeminente advogada Chow Hang-tung também foram condenadas. O Tribunal Distrital de Hong Kong os considerou culpados de incitar e participar em uma reunião não autorizada.

Os três foram os únicos processados que refutaram as acusações judiciais, alegando que foram acender velas a título pessoal e não "incitaram" outras pessoas a participar no evento.

Durante o julgamento, Chow, que fez a própria defesa no tribunal, equiparou sua ação a do famoso "homem do tanque", o emblemático ativista que desafiou a pé um tanque chinês na Praça Tiananmen.

Mas a juíza distrital Amanda Woodcock afirmou que os eram "francamente sem sentido".

"A realidade era que qualquer intenção de sair e participar na vigília com velas no Parque Victoria aquela noite era um ato de desafio e protesto contra a polícia", argumentou.

A Anistia Internacional definiu os veredictos como os mais recentes "ataques aos direitos de liberdade de expressão e assembleia" em Hong Kong e denunciou que as autoridades criminalizaram uma "vigília pacífica e com distanciamento social".

- Repressão à dissidência -

Desde a repressão de Tiananmen, o Parque Victoria no Hong Kong abrigava a cada 4 de junho uma vigília pelas vítimas daquele evento que se tornou um símbolo das liberdades desta cidade, inclusive após a devolução da ex-colônia britânica para a China em 1997.

Após os grandes protestos pela democracia em 2019, no entanto, as autoridades desta capital financeira proibiram as duas últimas edições desta cerimônia, citando a pandemia e questões de segurança.

Na prática, as condenações contra os três ativistas não representam uma grande mudança em sua situação pessoal.

Os três fazem parte do grupo de dezenas de ativistas presos por vários motivos com base em uma lei de segurança nacional imposta por Pequim em 2020 que esmagou a dissidência e reprimiu as liberdades de Hong Kong.

Anteriormente, 16 outros políticos e ativistas, incluindo o proeminente líder estudantil Joshua Wong, foram condenados a entre seis e dez meses de prisão por sua participação na vigília de 2020.

Pequim afirmou este ano que não toleraria mais eventos de recordação em Hong Kong nem Macau. O tema não é comentado na China continental.

Vários organizadores da vigília anual, incluindo Chow, foram acusados, com base na lei de segurança nacional, de subversão e o museu de recordação de Tiananmen que administravam foi fechado e os objetos expostos apreendidos.

Os três condenados desta quinta-feira, assim como os demais acusados que já haviam sido considerados culpados, conhecerão os detalhes da sentença na próxima segunda-feira.


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