Questionado sobre estas declarações, o vice-presidente da Comissão, Margaritis Schinas, indicou que sua interpretação se desvia da informação divulgada pelos meios de comunicação, especificando que esteve presente na viagem do pontífice à ilha grega de Lesbos no fim de semana passado.
O papa "reconheceu claramente a melhoria e os avanços significativos que ocorreram no terreno desde sua primeira visita a Lesbos em 2016", afirmou Schinas, destacando que havia 2.000 pessoas no campo que o Francisco visitou.
O acampamento anterior, o de Moria, estava hospedando até 25.000 migrantes em março de 2020, de acordo com a Comissão.
"As novas instalações estão sendo concluídas com financiamento e normas da União Europeia", acrescentou o responsável.
No domingo, o papa anunciou que o Mediterrâneo "está se tornando um cemitério frio sem lápides" e pediu que "este naufrágio da civilização" fosse interrompido, enquanto julgou "triste" que o uso de fundos seja proposto "como uma solução comum para construir muros" porque "não é erguendo barreiras que os problemas se resolvem".
Embora a Comissão se pronuncie contra as barreiras de financiamento da UE para impedir a passagem de migrantes, não condenou o princípio de o fazer.
BRUXELAS