"Os dados preliminares da África do Sul sugerem um risco aumentado de reinfecção por ômicron, mas são necessários mais dados para tirar conclusões mais fortes. Também há evidências que sugerem que a ômicron causa sintomas menos graves do que a delta", disse Tedros Adhanom Ghebreyesus em um encontro com a imprensa em Genebra.
A fim de obter rapidamente um quadro mais preciso das características da variante, ele instou todos os países a contribuírem para sua avaliação, transmitindo seus dados à OMS e, ao mesmo tempo, solicitou que continuem seus esforços no campo da vacinação e respeito pelos gestos de barreira.
A cientista-chefe da OMS, Soumya Swaminathan, também se referiu a estudos preliminares publicados nos últimos dias que parecem mostrar que a variante ômicron torna a vacina menos eficaz, mas pediu o máximo de cautela na interpretação dos dados.
"Há uma grande variação na redução da eficácia dos anticorpos que vai de 4 a 5 vezes menos a 40 vezes menos nesses diferentes estudos", que se limitam ao seu efeito sobre os anticorpos, "quando sabemos que o sistema imunológico é algo muito mais complexo", ressaltou.
"É prematuro concluir que a redução da atividade de neutralização de anticorpos deve resultar em uma diminuição significativa na eficácia das vacinas", acrescentou.
GENEBRA