"Confirmamos" que a conversa acontecerá na terça-feira, disse o porta-voz do Kremlin Dimitri Peskov, citado pela agência de notícias Interfax.
A chamada será realizada "à tarde" (na Rússia) e sua duração "será determinada pelos presidentes", detalhou a agência Ria Novosti.
Um comunicado da Casa Branca confirmou a conversa e disse que os presidentes discutirão uma série de temas através de uma conexão por vídeo segura.
"O presidente Biden enfatizará a preocupação dos Estados Unidos com as atividades militares russas na fronteira com a Ucrânia e reafirmará o apoio dos Estados Unidos à soberania e integridade territorial da Ucrânia", completou.
O anúncio deste encontro, que Moscou e Washington vêm preparando há vários dias, surge em um contexto de grande tensão entre o Ocidente e a Rússia, país acusado de preparar uma invasão iminente à Ucrânia.
Kiev e seus aliados denunciam especificamente que a Rússia concentrou numerosos soldados e tanques em sua fronteira.
Moscou negou repetidamente qualquer intenção militar e acusa o Ocidente de multiplicar "provocações", como exercícios militares no Mar Negro (onde a península da Crimeia foi anexada pela Rússia).
Desde 2014, a Ucrânia é dilacerada por uma guerra entre o governo e separatistas pró-russos no leste do país. Um conflito que deixou 13.000 mortos e foi causado pela anexação da Crimeia.
Com essa situação, Biden declarou na sexta-feira que os Estados Unidos preparavam um "conjunto de iniciativas de dissuasão" para tornar "muito, muito difícil para Putin fazer o que as pessoas estão preocupadas que ele possa fazer".
Moscou, por sua vez, pede "garantias de segurança" para acalmar as tensões, sobretudo, a confirmação de que a OTAN não continuará sua expansão para o leste, em particular com a adesão da Ucrânia.
MOSCOU