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Estado de Minas WASHINGTON

Biden inicia batalha de inverno contra a covid-19


02/12/2021 22:34 - atualizado 02/12/2021 22:37

O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, anunciou nesta quinta-feira (2) uma campanha de inverno contra a covid-19, com novas exigências para os viajantes e um aumento nos esforços de vacinação.

Biden aportou uma liderança firme em relação à pandemia após os anos caóticos de Donald Trump, mas as mutações do coronavírus continuam desafiando-o e contribuem para a queda de sua popularidade.

Instando a nação - em particular seus adversários políticos - a se unirem à sua estratégia, Biden divulgou uma série de ações desenhadas para frear a propagação da covid-19 nos próximos meses, enquanto a variante mais recente, a ômicron, se espalha pelo mundo.

Até agora foram confirmados oito casos da nova variante nos Estados Unidos, incluindo cinco em Nova York, anunciados nesta quinta à noite pela governadora do estado, Kathy Hochul.

"Permitam-me ser clara: isto não é motivo de alarme. Sabíamos que esta variante viria e temos as ferramentas para deter a propagação", disse Hochul.

Um dos casos é o de um homem de Minnesota sem antecedentes de viagens internacionais recentes e que retornou recentemente de Nova York, o que indica que a cepa já está circulando no país.

"É um plano que acho que deveria nos unir", disse Biden, falando na sede dos Institutos Nacionais de Saúde, nos arredores de Washington.

"Sei que a covid-19 tem sido muito divisiva. Neste país, tornou-se um tema político (...), o que é uma triste constatação. Não deveria sê-lo, mas tem sido", acrescentou.

As medidas incluem a exigência de que todos os viajantes internacionais que entrem no país se submetam a um exame de covid um dia antes de embarcar.

Isto valerá para todos os viajantes, tanto americanos quanto estrangeiros, independentemente de sua situação vacinal.

Para os viajantes nacionais, Biden vai anunciar a ampliação da obrigação do uso de máscaras nos aviões, trens e outros meios de transporte público até meados de março.

A porta-voz da Casa Branca, Jen Psaki, disse a jornalistas que os exames e as exigências de vacinação poderiam se estender eventualmente também aos voos nacionais.

"Nada está fora da mesa", afirmou.

A enxurrada de medidas pretende, em parte, assegurar aos americanos que Biden está fazendo tudo o possível para evitar que a pandemia faça descarrilar a impressionante recuperação econômica dos Estados Unidos e as festas de fim de ano.

Biden e seus assessores têm reforçado reiteradamente nos últimos dias que não voltarão a ocorrer fechamentos em massa.

Mas a Casa Branca também enfrenta o desafio de que muitos americanos não são receptivos aos apelos de Biden à ação coletiva.

Apesar das tentativas cada vez mais criativas para incentivar as pessoas a se vacinarem, cerca de 40% dos americanos ainda não estão completamente imunizados. Ao redor de 110 milhões de pessoas com direito a receber vacinas de reforço ainda não aproveitaram a oportunidade.

- Campanha nacional -

As autoridades disseram que será adotado um aumento da promoção das vacinas e seus reforços, com uma campanha nacional dirigida aos beneficiários da assistência sanitária pública chamada Medicare.

Por outro lado, o governo Biden tentará assegurar que as escolas não voltem a sofrer fechamentos maciços.

"Estamos ampliando nossos esforços para vacinar as crianças a partir dos cinco anos", disse. E aos pais preocupados com as variantes ômicron e delta, pediu: "Façam com que seus filhos se vacinem em um dos 3.500 centros do país".

Em outro reforço das políticas já existentes, a Casa Branca fomentará o uso de kits caseiros de testagem, ao anunciar que o seguro de saúde cobrirá 100% de seu custo. Para os que não têm plano, haverá maior disponibilidade de kits gratuitos.

Atualmente, os kits são vendidos por cerca de 25 dólares, enquanto que em outros países europeus estão disponíveis gratuitamente ou com baixo custo.

Enquanto isso, a Casa Branca destacou que as restrições impostas pelo governo aos viajantes de oito países da África austral devido ao crescente temor da variante ômicron não eram um "castigo" a estes países, mas uma medida de segurança.

"Estamos em contato diplomático direto com os líderes destes países sobre as medidas que adotamos", disse Psaki, em alusão à proibição imposta na semana passada às chegadas de passageiros procedentes de Botsuana, Zimbábue, Namíbia, Lesoto, Suazilândia, Moçambique, Malauí e África do Sul.

"Isto não pretende ser um castigo, são medidas recomendadas por nossos funcionários de saúde pública e por especialistas médicos", afirmou durante sua coletiva de imprensa de rotina. "Ninguém quer que isso seja permanente".


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