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Estado de Minas A BORD DU PORTE-HÉLICOPTÈRES TONNERRE

Seis países ocidentais treinam para a guerra no Mediterrâneo


27/11/2021 14:42

No litoral de Córsega (França), os iates de luxo dão lugar a navios de combate. Seis mil militares de seis países, entre eles Espanha, realizarão até o início de dezembro uma simulação da batalha naval no Mediterrâneo.

As manobras Polaris 21, que começaram em 18 de novembro e vão até 3 de dezembro, representam uma grande mobilização de seis países aliados: França, Reino Unido, Estados Unidos, Espanha, Itália e Grécia. No total, 25 navios e 65 aviões divididos em dois lados se enfrentarão no Mediterrâneo ocidental, das costas francesas até o sul de Sardenha (Itália) e das Ilhas Baleares (Espanha). Também há dois navios presentes no oceano Atlântico.

O exercício, organizado pela Marinha francesa, "busca integrar o contexto internacional de hoje, marcado pelas tensões entre Estados", especialmente nas costas sírias (no Mediterrâneo oriental) e em Belarus (nordeste da Europa), para "que a Marinha e os exércitos de mar e ar estejam preparados para um conflito de alta intensidade", explica o contra-almirante Emmanuel Slaars no navio anfíbio porta-helicópteros francês Tonnerre, de onde lidera as operações.

Acostumados a décadas de conflitos e lutas assimétricas contra unidades voláteis e móveis como os extremistas islâmicos, os países ocidentais se preparam agora para o retorno dos confrontos entre Estados, com combates entre forças comparáveis a vários níveis: militar, diplomático, espacial, comercial, informático...

No Polaris 21, o grande desafio é "sincronizar" as intervenções "debaixo d'água, na superfície e no ar", integrando "interações com o meio espacial" a nível "da informação", como as interferências no espaço cibernético, as informações falsas capazes de prejudicar uma ação militar. Para o exercício foi criado um "falso sistema tipo Twitter", afirma Slaars.

As forças participantes também precisam considerar "as instruções dadas pelo Conselho de Segurança da ONU".

- Capacidade de dissuasão -

Porta-aviões, caças de combate, aviões de vigilância, submarinos nucleares, fragatas, navios de patrulha... a intenção é reconstituir "de forma realista" as condições de um combate.

Na área do Estado-Maior, a bordo do porta-helicópteros Tonnerre, a concentração dos oficiais é máxima, analisando cartas náuticas, radares e outros documentos classificados como "sigilo da Defesa".

O exército "vermelho" que comanda o Tonnerre representa um país fictício batizado de "Mercúrio". A força "azul", que comanda o porta-aviões Charles de Gaulle, reúne uma coalizão de aliados liderada pela França.

À meia-noite, tropas "vermelhas" abandonaram o Tonnerre a bordo de navios anfíbios para entrarem escondidas na cidade de Porto Vecchio, no sul da ilha francesa de Córsega, que invadiram ao amanhecer.

Seu objetivo é colocar "uma bateria de defesa terra-ar" que complique "a manobra do porta-aviões Charles de Gaulle no estreito de Bonifácio", explica o comandante do exército "vermelho", Guillaume Tandonnet.

"Temos navios do exército azul perto, querem nos testar e tentar nos afogar, então há uma tensão", explica Tandonnet, apesar de ser um conflito falso.

O exercício Polaris 21, além de testar as capacidades operacionais dos exércitos, serve para fazer "uma demonstração de que a França e seus aliados buscam defender a liberdade de navegação no Mediterrâneo", afirma o contra-almirante Slaars.

Uma forma de provar ao público e às potências inimigas "a capacidade de dissuasão", confessa à AFP um oficial que participa das manobras.

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