Desde o início do ano, as autoridades autorizam os chineses a terem três filhos. É assim que busca relançar a taxa de natalidade, que em 2020 atingiu o menor nível em 40 anos.
O governo municipal de Pequim anunciou nesta sexta-feira que as mulheres agora poderão tirar 158 dias de licença-maternidade (30 a mais do que antes).
Medida semelhante foi anunciada em Xangai, a cidade mais populosa do país (25 milhões de habitantes).
Na província costeira de Zhejiang (leste), as mães de um segundo ou terceiro recém-nascido poderão tirar 188 dias (26 semanas), segundo a agência de notícias oficial Xinhua.
A legislação nacional estabelece uma licença-maternidade mínima de 98 dias.
Essas medidas geraram debate nas redes sociais. Comemoradas pela maioria, alguns internautas reclamaram, porém, que a duração da licença-paternidade permanece inalterada: 15 dias em Pequim e Zhejiang, 10 em Xangai.
"As empresas vão favorecer os homens em detrimento das mulheres", disse um internauta.
Após três décadas de "política de filho único", a China encerrou essa regra em 2016.
Mas os incentivos das autoridades parecem ter pouco efeito sobre as famílias, que devem lidar com o aumento do custo de vida, educação e habitação.
A taxa de natalidade em 2020 foi de 8,52 nascimentos por 1.000 habitantes, o valor mais baixo desde o início da coleta de dados, em 1978.
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