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Estado de Minas ROTERDÃ

Sábado de manifestações contra medidas para conter a pandemia


20/11/2021 12:41

Da Austrália às Antilhas Francesas passando por cidades europeias, milhares de pessoas mostram sua indignação neste sábado (20) com as medidas sanitárias que os governos reinstauram para tentar conter uma nova onda da pandemia do coronavírus.

Na Austrália, 10.000 pessoas se manifestaram em Sydney em oposição à vacinação anticovid-19, de acordo com a polícia.

A vacinação obrigatória só é exigida em alguns estados e territórios para determinados grupos profissionais. Cerca de 85% dos australianos com mais de 16 anos estão totalmente vacinados.

Milhares de pessoas também protestaram em Melbourne e cerca de 2.000 pessoas compareceram a uma contramanifestação, uma das primeiras deste tipo desde o início da pandemia.

"Tudo o que foi feito, foi feito para salvar vidas. Quer dizer, incomodou muitas pessoas e afetou muitas pessoas, mas é uma pandemia mundial. O que mais podemos fazer?", disse Maureen Hill à AFP, referindo-se ao protesto antivacinas.

Ao contrário do que aconteceu na noite de sexta-feira na Holanda e nas Índias Ocidentais francesas, os protestos ocorreram de forma pacífica.

- Manifestação anulada en Amsterdã

Em Rotterdam, no sudoeste da Holanda, uma manifestação contra as restrições adotadas para conter o vírus terminou em graves distúrbios na sexta-feira (19).

Durante o protesto, ocorreram incêndios em vários locais, fogos de artifício foram lançados e a polícia disparou vários tiros de advertência.

Dezenas de pessoas foram presas, e sete ficaram feridas, incluindo policiais, informaram as forças da ordem.

"A polícia achou necessário sacar suas armas para se defender", disse o prefeito da cidade, Ahmed Aboutaleb, a repórteres. Segundo a televisão pública holandesa NOS, duas pessoas ficaram feridas com os disparos.

Diante dessa situação "muito grave", qualificada pelo prefeito como uma "orgia de violência", as autoridades locais decidiram proibir qualquer reunião na área.

Neste sábado, os organizadores de outra manifestação planejada em Amsterdã decidiram cancelá-la. "Ontem à noite (sexta-feira) o inferno se instalou em Rotterdam", reconheceu no Facebook a organização United We Stand Europe, que atua contra as restrições sanitárias. Manter a manifestação em Amsterdã "não nos parecia justo", afirmou

Há uma semana, o primeiro-ministro holandês, Mark Rutte, anunciou a reintrodução de um confinamento parcial junto com uma série de restrições sanitárias, sobretudo no setor de restaurantes, para conter o número de casos de covid-19.

Os planos do governo incluem restringir o acesso de pessoas não vacinadas a alguns lugares. Na sexta-feira, o país registrou mais de 21 mil novos casos.

A Holanda não é o único país ocidental a restabelecer um confinamento parcial. Na Áustria, o governo anunciou que vai confinar a população novamente a partir de segunda-feira (22) e que a vacinação anticovid se tornará obrigatória em fevereiro.

Milhares de pessoas se manifestaram neste sábado em Viena, capital austríaca, contra essas medidas.

O protesto ocorreu sob forte vigilância policial, já que as forças de segurança temiam a chegada de grupos violentos, militantes neonazistas e do movimento identitário, de extrema direita.

O organizador do protesto foi o partido de extrema direita FPÖ, mas seu líder, Herbert Kickl, não compareceu porque testou positivo para o vírus.

- Violência nas Antilhas Francesas -

Do outro lado do Atlântico, um grupo de sindicatos e organizações cívicas se mobiliza há quatro dias contra o passaporte sanitário e a vacinação obrigatória do pessoal de saúde em Guadalupe, uma das duas principais ilhas das Antilhas francesas.

Na sexta-feira, a manifestação organizada terminou em violência. Na cidade de Pointe-à-Pitre, que tem muitas casas de madeira, quatro prédios pegaram fogo, segundo os bombeiros. E nas estradas, alguns manifestantes confrontaram a polícia com pedras.

O prefeito da ilha, Alexandre Rochatte, anunciou toque de recolher imediato até 23 de novembro - das 18h00 às 05h00 locais - "devido a distúrbios sociais no departamento e atos de vandalismo", segundo seu gabinete.

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