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Estado de Minas RELAÇÃO FORÇADA

Promotoria investiga denúncia de estupro no palácio presidencial francês

Uma soldado denunciou ter sido estuprada por um colega militar no palácio, após uma recepção de despedida com a presença do presidente Emmanuel Macron


12/11/2021 14:41 - atualizado 12/11/2021 14:59

Palácio do Eliseu
Promotoria francesa abriu investigação sobre estupro de uma soldado no palácio presidencial francês (foto: Lionel Bonaventure/AFP)
A Promotoria francesa abriu uma investigação sobre um suposto estupro de uma soldado por um colega militar no palácio presidencial francês - informou uma fonte judicial à AFP nesta sexta-feira (12).

O suposto ataque ocorreu em julho passado, após uma recepção de despedida com a presença do presidente Emmanuel Macron , segundo o jornal francês Libération , o primeiro a noticiar as acusações.

As investigações "seguem seu curso", segundo as fontes judiciais. O suposto agressor testemunhou perante o juiz em 12 de julho e não foi formalmente acusado até agora.

A jovem militar, que compareceu a esta recepção de despedida, denunciou que foi forçada por um colega  militar a manter relações sexuais.

"As duas pessoas trabalham juntas e se conhecem ", afirma o Libération .

A mulher apresentou queixa horas depois em uma delegacia de polícia no norte de Paris .

O Palácio do Eliseu declarou à AFP que " não comenta sobre questões judiciais em andamento", mas ressaltou que, "a partir do momento que os acontecimentos foram estabelecidos, foram tomadas medidas para acompanhar a vítima, foi dado apoio, e ela foi enviada para outro local, longe da pessoa designada como agressora".

A presidência de Emmanuel Macron já foi abalada por outro incidente envolvendo um colaborador do chefe de Estado, o ex-segurança Alexandre Benalla.

Homem de confiança do presidente francês, Benalla foi condenado em 5 de novembro a três anos de prisão por agredir manifestantes durante uma marcha de 1º de maio de 2018.

Imagens gravadas durante o protesto mostram o funcionário batendo em várias pessoas. O jornal Le Monde revelou o caso no verão de 2018, especificando que ele foi punido apenas com uma suspensão de 15 dias e que mantinha um escritório no Eliseu.

O assunto se tornou uma verdadeira dor de cabeça para o Eliseu por vários meses e causou um terremoto político.

A oposição rapidamente denunciou uma "questão de Estado".

O ex-guarda-costas também foi considerado culpado de uso fraudulento de passaporte diplomático, após ter sido despedido pelo escândalo, assim como de falsificação de documento para obtenção de passaporte de serviço e de porte ilegal de arma em 2017.

Neste novo caso, o palácio presidencial francês quis ressaltar o apoio dado à vítima.

Uma fonte próxima à investigação enfatizou à AFP que "Patrick Strzoda, chefe de gabinete de Emmanuel Macron, tem sido intransigente e implacável desde o caso Benalla sempre que ocorre algum comportamento impróprio de um funcionário do Eliseu".

De acordo com o jornal Libération, uma "investigação administrativa" foi aberta contra o soldado suspeito. Até o momento, porém, o Ministério das Forças Armadas não quis dar mais detalhes sobre o assunto.

Essas revelações surgem meses antes da eleição presidencial francesa marcada para abril de 2022.


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