De acordo com a decisão unânime do tribunal do Primeiro Distrito Judicial do Panamá, não foram apresentadas provas que comprovassem que Martinelli ordenou espionagens entre 2012 e 2014, desde o Conselho de Segurança Nacional (CSN).
"A justiça finalmente foi aplicada, sete anos nesta tortura, neste suplício. Agradeço a Deus e à justiça panamenha, sofri muito", disse Martinelli ao deixar as instalações do Sistema Penal Acusatório, na Cidade do Panamá, em meio a aplausos de apoiadores e um forte cordão policial.
Trata-se de um caso pelo qual Martinelli, 69, já havia sido julgado em 2019 e considerado inocente, mas um tribunal de apelações anulou a sentença em 2020 e ordenou a repetição do julgamento.
Martinelli, um magnata dos supermercados, conquistou a presidência em 2009, com um forte discurso contra a classe política e a corrupção. Após deixar o poder, em 2014, o sistema de justiça panamenho o investigou por vários escândalos durante seu governo, nos quais uma dezena de ministros foram presos.
Em 2015, foi morar em Miami, para evitar a ação da Justiça, mas foi preso em 2017 e, posteriormente, extraditado para o Panamá. Martinelli também é acusado de lavagem de dinheiro pela suposta compra com dinheiro público de um grupo editorial durante a sua gestão, e o Ministério Público apresentou acusações contra ele pela rede de corrupção ligada à construtora Odebrecht.
O ex-presidente sempre alegou inocência e acusou seus detratores de perseguição política para impedi-lo de disputar as eleições presidenciais de 2024.
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CIDADE DO PANAMÁ
Ex-presidente do Panamá é inocentado em caso de espionagem de opositores
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