Doze deputados votaram a favor do projeto de lei, enquanto nove foram contra.
Na Groenlândia, um território autônomo pertencente à Dinamarca, a extração de urânio está no centro dos debates desde as eleições locais de abril, cuja campanha esteve dominada por um projeto de extração de terras raras e urânio em Kuannersuit, ao sul do território.
O partido Inuit Ataqatigiit (IA), um movimento de esquerda de tendência ecologista que agora lidera o governo, se opõe ao projeto, que é dirigido pela mineradora australiana Greenland Mineral e ainda não foi abandonado formalmente.
Assim como em outros lugares do Ártico, a riqueza natural e mineral da Groenlândia, a maior ilha do mundo com 2 milhões de km², desperta grande interesse. Contudo, poucos projetos saíram do papel até agora.
O território autônomo dinamarquês conta na atualidade com duas minas: uma de anortosito, cujos jazigos contêm titânio, e outra de rubis e safiras rosas.
Apesar de o novo governo não ser contrário às atividades de mineração no território, em julho foram proibidas todas as prospecções petrolíferas como demonstração de seu compromisso com o clima e o meio ambiente.
O primeiro-ministro da Groenlândia, Mute Egede, anunciou no início de novembro a sua intenção de ratificar o Acordo de Paris, que o território autônomo dinamarquês tinha rechaçado até agora.
ORANO
COPENHAGA