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Estado de Minas QUITO

Equador: indígenas que protestam contra alta dos combustíveis aceitam dialogar com Lasso


08/11/2021 06:20

A poderosa e opositora Confederação de Nacionalidades Indígenas do Equador (Conaie), que protesta contra o aumento dos combustíveis, anunciou no domingo (7) que aceitou o convite do presidente conservador Guillermo Lasso para conversar na quarta-feira (10).

"Participaremos do diálogo convidado", declarou a organização em um comunicado divulgado após uma reunião de seu conselho ampliado.

A Conaie disse ainda que irá conversar com o presidente junto com lideranças de outros setores sociais, como sindicatos.

Lasso reiterou no sábado (6) seu apelo ao diálogo ao presidente da Conaie, Leonidas Iza, que liderou, há quase duas semanas, liderou protestos com bloqueios de estradas.

Uma marcha de indígenas, trabalhadores, professores e estudantes em Quito terminou em confrontos com a polícia perto da sede do governo.

A Conaie - que participou de revoltas que derrubaram três presidentes entre 1997 e 2005 - rejeita os aumentos de até 90% no preço dos combustíveis registrados desde 2020.

Lasso convidou Iza para a sede presidencial, mas os indígenas destacaram que "a decisão coletiva pede ao Governo Nacional que o diálogo seja público, para que haja transparência e uma verdadeira participação democrática".

Em uma recente entrevista à rede BBC, o presidente equatoriano chamou Iza de "golpista" e "anarquista". O primeiro encontro entre os dois foi em Carondelet, em 4 de outubro.

O dirigente do Conaie exigiu que Lasso pare os "ataques" ao movimento indígena, que, em outubro de 2019, liderou 12 dias de manifestações violentas contra o aumento dos combustíveis. Os confrontos terminaram em 11 mortos.

Lasso, que assumiu o cargo em maio, manteve a política governamental de aumento mensal de preços imposta em 2020.

Em outubro, decretou aumento adicional de até 12% nos preços dos combustíveis, elevando o preço do galão (3,8 litros) do diesel de US$ 1,69 para US$ 1,90, e o da gasolina comum, de US$ 2,50 a US$ 2,55. Somente então congelou as tarifas por tempo indeterminado.

A Conaie reivindica o congelamento do diesel em US$ 1,50, e da gasolina, a US$ 2,10. Os indígenas se mantêm mobilizados em suas comunidades e planejam novos protestos.


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