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Estado de Minas WASHINGTON

Legisladores dos EUA votam planos de investimento maciço de Biden


05/11/2021 16:29

A Câmara dos Representantes dos Estados Unidos planeja votar dois projetos de lei nesta sexta-feira (5) que compõem o ambicioso plano de US $ 3 trilhões com o qual o presidente Joe Biden está empenhado em transformar o país.

Espera-se que os congressistas deem luz verde ao pacote de infraestrutura de US $ 1,2 trilhão, aprovado pelo Senado em agosto e que só será preciso a assinatura de Biden mais tarde para se tornar lei.

A Câmara também deve enviar o projeto de lei "Reconstruir Melhor" (Build Back Better - BBB) ao Senado, com gastos sociais e ambientais de até US $ 1,85 trilhão.

"Peço a todos os membros da Câmara que votem sim nesses dois textos, agora", instou Joe Biden em um discurso transmitido pela TV da Casa Branca pela manhã.

"Vamos mostrar ao mundo que a democracia da América pode fazer nosso país avançar", disse ele.

O sucesso em ambas as frentes seria uma vitória para o presidente democrata, que há 10 meses prometeu grandes mudanças para uma nação devastada pela pandemia, mas viu sua popularidade cair e agora está enfraquecida por uma derrota retumbante de seu partido nas eleições locais na Virgínia esta semana.

O colossal plano de investimentos em estradas, pontes, portos e internet de alta velocidade foi aprovado na Câmara Alta em meados de agosto, apoiado por senadores democratas e republicanos, uma ocorrência rara em um Congresso politicamente polarizado.

Sua adoção na Câmara Baixa marcaria uma grande vitória para Biden, ex-senador de 78 anos que costuma se gabar de sua capacidade de fechar acordos bipartidários.

Ao financiar um vasto plano de obras, a Casa Branca diz que criaria milhões de empregos bem remunerados para pessoas sem diploma universitário.

- Ventos contrários -

"É essencial que tomemos medidas para aprovar esses dois projetos de lei e colocar nosso país no caminho para uma recuperação sustentável e equitativa", disse o presidente da Câmara, Steny Hoyer, em um comunicado.

Mas o projeto de lei BBB ainda enfrentava ventos contrários no meio da manhã. Pelo menos cinco legisladores buscavam determinar seu impacto econômico, algo que demorará dias para ser concluído.

O texto também não encontra a aprovação do Senado e provavelmente será reduzido significativamente e estará sujeito a uma votação mais árdua dos moderados na Câmara alta, que continuam a se opor aos gastos.

"Não será promulgado como está. Todos devem aceitar isso", disse Jon Tester, senador democrata de Montana, ao Politico.

A adoção do projeto de infraestrutura na Câmara dos Representantes foi adiada porque os democratas da ala esquerda do partido queriam aprovar o pacote de investimento social BBB ao mesmo tempo.

O plano de infraestrutura para 1,2 trilhão de dólares, o equivalente ao Produto Interno Bruto (PIB) da Espanha em 2020, inclui transporte, expansão da banda larga, obras de água potável, postos de recarga de veículos elétricos e outras medidas de combate às mudanças climáticas.

- Grandes investimentos -

O texto sobre infraestrutura foi aprovado pelo Senado por 69 votos a 30, com o apoio de um terço dos senadores republicanos.

Mas a maioria dos republicanos da Câmara deve negar seu apoio depois que o ex-presidente Donald Trump ameaçou retaliar àqueles que ajudarem Biden a obter uma vitória política.

Essa iniciativa é um elemento-chave da ampla agenda nacional de Biden, que busca estruturar uma economia mais verde e justa.

Os democratas em ambas as casas ainda estão discutindo sobre o pacote BBB, que inclui grandes investimentos em saúde, educação, enfrentamento da mudança climática e expansão de programas de bem-estar.

A porta-voz da Câmara dos Representantes, a democrata Nancy Pelosi, dedicou quinta-feira a abordar os vários pontos de discórdia, desde preços de medicamentos prescritos a disposições de imigração.

Se não houver apoio republicano, os democratas, que têm maioria restrita na Câmara dos Representantes, só podem perder três votos para que o projeto seja aprovado nesta sexta-feira.

Pelosi se orgulha de não submeter a votação nenhum texto para o qual ainda não tenha obtido apoio suficiente.

Mas na manhã desta sexta-feira, vários legisladores moderados insistiram em uma avaliação completa do impacto econômico do projeto de lei de 2.135 páginas pelo escritório de orçamento do Congresso, o que provavelmente levaria de 10 a 14 dias.


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