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Estado de Minas SANTIAGO

Um mapuche morto e cinco feridos em confronto com a polícia e militares no Chile


03/11/2021 21:16

Um mapuche morreu e outros cinco ficaram feridos nesta quarta-feira (3) durante um confronto com policiais e militares na província de Arauco, no sul do Chile, área em estado de exceção e militarizada por uma onda de violência.

Mais cedo, policiais e soldados da Marinha do Chile detiveram dois mapuches que dirigiam um veículo identificado pelos agentes como roubado, em uma estrada próxima à cidade rural de Cañete, na região de Biobío.

O incidente incomodou outro grupo de mapuches que protestava próximo ao local contra a militarização da área e que tentou libertar os detidos, o que levou a um confronto.

O incidente deixou "um assassinado e (...) cinco feridos, uma pessoa em risco de vida", informou Adolfo Millabur, constituinte mapuche, em entrevista coletiva em Santiago, acompanhado pela presidente da Convenção Constituinte, a acadêmica mapuche Elisa Loncon, e outros 15 representantes de povos indígenas.

A polícia não respondeu imediatamente ao pedido da AFP de mais informações sobre o evento.

Operações como a de hoje fazem parte do controle do tráfego no âmbito do estado de exceção ordenado pelo governo do presidente Sebastián Piñera em quatro províncias de Biobío e na região vizinha de La Araucanía desde 12 de outubro passado.

Ambas as regiões vivem um conflito histórico entre o povo mapuche, maior etnia chilena, e o Estado, ao qual os indígenas reivindicam terras que consideram suas por direito ancestral e que foram entregues a empresas privadas.

A falta de uma solução para este conflito aumentou a violência na última década, com ataques incendiários a propriedades privadas e caminhões. Também trouxe à luz a presença de organizações do narcotráfico e de autodefesa, bem como de operações policiais supostamente montadas para incriminar os indígenas.

O presidente Piñera decidiu ordenar a militarização da área para conter a escalada da violência, por meio de um estado de exceção de 15 dias que foi estendido para mais 15 até 11 de novembro.

Dada a prolongada agitação na área, ele pediu ao Congresso que ampliasse a medida novamente.

"Consideramos o atual governo, as forças militares chilenas junto com os Carabineros responsáveis pela morte", disse Millabur.


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