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Estado de Minas FRANKFURT

Aumento da taxa de juros em 2022 é 'muito improvável', diz Lagarde


03/11/2021 13:09

A presidente do Banco Central Europeu, Christine Lagarde, disse nesta quarta-feira (3) que é "altamente improvável" que a instituição aumente as taxas de juros em 2022, no momento em que outros grandes bancos centrais se preparam para apertar a política monetária.

Apesar da atual subida da inflação na zona do euro, as "perspectivas de inflação a médio prazo mantêm-se modestas", pelo que "as condições para uma subida das taxas de juros não serão satisfeitas" no próximo ano, explicou Lagarde durante um discurso em Lisboa.

Na última reunião, realizada no final de outubro, o BCE manteve a taxa de juros principal em zero e todas as medidas de apoio à economia, apesar do forte aumento da inflação na área do euro.

"Um endurecimento indevido das condições de financiamento é indesejável em um momento em que o poder de compra já está sendo corroído pelo aumento das contas de energia e combustível" e representaria um "vento contrário indesejável para a recuperação", explicou Lagarde.

Dessa forma, afastou as expectativas do mercado de uma primeira alta da taxa de juros em dezembro de 2022.

O aumento da inflação na zona do euro é mais forte do que o esperado, atingindo 4,1% ano a ano em setembro, a taxa de aumento de preços mais rápida em mais de 13 anos. Isso pressionou o BCE a responder.

Mas, por enquanto, o banco espera que a inflação volte a cair em 2022 e chegue a apenas 1,5% em 2023, ainda longe de sua meta de 2%. No entanto, a previsão de inflação para os dois anos seguintes teria que estar dentro dos limites da meta para o BCE alterar as taxas de juros.

As atenções do mercado vão se concentrar nesta quarta-feira na Reserva Federal (Fed) dos Estados Unidos, que reúne seu comitê de política monetária.

Enquanto o BCE opta por esperar para ver como a inflação se desenvolve, preferindo continuar apoiando a economia conforme a recuperação vacila, o Fed pode, em vez disso, sinalizar que pretende aumentar suas taxas de juros antes do esperado.

E na quinta-feira, o Banco da Inglaterra pode aumentar sua taxa de juros pela primeira vez desde agosto de 2018.

O BCE, por sua vez, vê bons motivos para relembrar sua jovem história. Dez anos atrás, seu ex-presidente, Jean-Claude Trichet, aumentou as taxas de juros muito cedo, justamente quando a crise estava prestes a explodir, erro que foi rapidamente corrigido por seu sucessor, Mario Draghi, mas que ficou nos anais da instituição.


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