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Estado de Minas WASHINGTON

Candidato republicano assume a dianteira na disputa pelo governo da Virgínia


03/11/2021 00:16 - atualizado 03/11/2021 00:19

O candidato republicano liderava a disputa pelo governo da Virgínia na noite desta terça-feira (2), segundo os resultados parciais de uma eleição considerada um teste para os democratas e para Joe Biden, debilitados pelas pesquisas a um ano das eleições legislativas de meio de mandato nos Estados Unidos.

Com três quartos dos votos apurados, Glenn Youngkin, empresário de 54 anos sem experiência na política, estava 8 pontos à frente do democrata Terry McAuliffe, de 64 anos, ex-governador da Virgília (2014-2018), que teve o apoio sólido do partido durante a campanha.

"Vamos ganhar" estas eleições mesmo que sejam "apertadas" entre os dois candidatos, disse o presidente americano na cidade escocesa de Glasgow, de onde pediu aos democratas: "saiam para votar".

A participação, segundo a ONG local Projeto de Acesso Público da Virgínia, será alta. Quase 1,2 milhão de eleitores votaram antecipadamente, seis vezes mais do que em 2017, quando foi eleito o democrata Ralph Northam.

"Passou muito tempo desde que deixou de ser uma campanha eleitoral e começou a se tornar um movimento liderado por todos vocês", disse Youngkin a seus seguidores ao serem anunciados os primeiros resultados.

Embora a Virgínia tenha votado esmagadoramente em Biden nas eleições do ano passado, a popularidade do presidente caiu nas pesquisas desde a retirada caótica do Afeganistão.

E embora o presidente negue, estas eleições são um termômetro do apoio a suas políticas.

- Ombro a ombro -

Em nível local, a vantagem de McAuliffe, ex-governador desse estado na fronteira com a capital federal, também foi inferior à de Youngkin. Agora eles estão ombro a ombro.

O democrata, cujo eleitorado é predominantemente urbano, disse que estava "uma pilha de nervos" com a ideia de uma possível vitória de seu adversário, porque equivaleria a "quatro anos de teorias da conspiração e políticas extremistas".

Por sua vez, Youngkin quer aproveitar a popularidade do ex-presidente Donald Trump entre o eleitorado rural deste estado.

Ele se manifestou contra a obrigatoriedade do uso de máscaras e a impor a vacinação de crianças ou para certas profissões e entrou no campo de batalha dos programas escolares.

Ele combate o ensino da "teoria crítica de raça", corrente de pensamento que analisa o racismo como um sistema que permeia todos os níveis da sociedade para além dos preconceitos individuais.

Seu adversário o acusa de querer proibir nas escolas alguns livros de autores negros, como o clássico literário "Beloved", da ganhadora do Prêmio Nobel Toni Morrison, o que o republicano nega.

Youngkin destacou em um recente anúncio eleitoral o caso de uma mãe que lançou uma campanha para tentar banir aquele livro do programa escolar porque certas passagens violentas causaram - segundo ela - pesadelos em seu filho.

- Pesos-pesados democratas -

Mas tampouco apoiou abertamente as posições mais drásticas de Trump para não repelir os conservadores moderados e os indecisos.

Uma vitória de Youngkin daria aos republicanos uma plataforma conservadora para as eleições de meio de mandato, promovendo seu objetivo de retomar o controle do Congresso.

Como sinal da importância da votação, os pesos-pesados do Partido Democrata - Biden, sua vice-presidente Kamala Harris e o ex-presidente Barack Obama, entre outros - viajaram à Virgínia para fazer campanha por McAuliffe.

A eleição é também uma prova da capacidade de Biden de seduzir a classe média, considerada a grande beneficiária de seus planos de investimentos - um de infraestrutura e outro de conteúdo social e climático - com os quais aspira transformar o país.

Mas esses planos estão bloqueados no Congresso, devido a discrepâncias entre os próprios democratas.

A votação também serve para medir o sucesso do presidente entre os eleitores afro-americanos neste estado do sul com um passado de escravidão.

Biden se apoiou neles para chegar à Casa Branca, mas alguns o censuram por ter perdido de vista suas promessas sobre o acesso das minorias ao voto ou sobre a reforma policial.

Outra eleição no estado, a de vice-governador, será histórica, pois uma mulher negra tomará posse pela primeira vez: ou a democrata Hala Ayala, de origem libanesa, afro-latina e irlandesa, ou a republicana Winsome Sears, uma afro-americana.

O cargo de governador também está em disputa na terça-feira, em Nova Jersey. O candidato em fim de mandato, o democrata Phil Murphy, lidera as pesquisas contra o republicano moderado Jack Ciattarelli.


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