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Estado de Minas CARACAS

Maduro recebe procurador do TPI, em visita à Venezuela


01/11/2021 19:52

O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, recebeu nesta segunda-feira (1º) o procurador do Tribunal Penal Internacional (CPI), Karim Khan, que avalia a abertura de uma investigação formal contra o país por possíveis crimes contra a humanidade.

Khan, que chegou a Caracas no domingo a convite da procuradoria venezuelana, reuniu-se com Maduro no palácio presidencial de Miraflores, segundo imagens difundidas pela emissora estatal VTV.

"O presidente Maduro agradeceu ao procurador por ter vindo conhecer em profundidade o caso da Venezuela e sua vontade de se reunir 'in situ' com as autoridades nacionais, no espírito de cooperação com o TPI", informou o governo venezuelano em um comunicado.

O Tribunal Penal Internacional, com sede em Haia, Holanda, abriu em 2018 uma investigação preliminar por supostas violações dos direitos humanos por parte do governo de Maduro, especialmente pela violenta repressão aos protestos antigovernamentais de 2017, nos quais morreram cerca de cem pessoas.

A antecessora de Khan, Fatou Bensouda, disse existir uma "base razoável" para acreditar que foram cometidos crimes contra a humanidade e falou de uma "inação" das autoridades da Venezuela para investigá-los.

Khan deverá decidir se pede aos juízes a abertura de uma investigação completa a respeito, o que poderia resultar em acusações criminais contra indivíduos vinculados a esta repressão, embora um hipotético julgamento possa levar anos para acontecer.

A agenda de sua visita, que se estende até 3 de novembro, ainda não foi divulgada. Seu gabinete antecipou na semana passada que o procurador terá reuniões com "as autoridades, o poder judiciário e representantes do corpo diplomático, assim como com organizações da sociedade civil e não governamentais".

Tampouco se confirmou se Khan se reunirá com o líder opositor Juan Guaidó, reconhecido como presidente interino da Venezuela pelos Estados Unidos e outra meia centena de países.

"Os venezuelanos buscamos justiça porque no nosso país é negada e sequestrada pela ditadura", escreveu Guaidó no Twitter, ao qualificar a visita como "histórica".

A justiça venezuelana denunciou e condenou efetivos das forças públicas por mortes ocorridas durante os protestos de 2017, embora seus críticos considerem que estas ações foram tomadas unicamente para evitar um processo no TPI.

Nos últimos dias foram registradas pequenas manifestações de ativistas em Caracas pedindo ao procurador para ouvir as denúncias das vítimas de violações dos direitos humanos no país.


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