"Esses ataques abomináveis ressaltam a necessidade urgente da comunidade internacional de responsabilizar os militares birmaneses e agir para prevenir graves violações e abusos dos direitos humanos, incluindo a prevenção da transferência de armas para os militares", declarou o porta-voz do Departamento de Estado, Ned Price.
Na sexta-feira, a mídia local e testemunhas relataram que tropas da junta militar haviam bombardeado a cidade de Thantlang após um confronto com uma força de autodefesa local.
Um incêndio tomou a cidade, destruindo dezenas de casas e estruturas, entre elas um escritório da Save the Children, confirmou a instituição de caridade de Londres em nota.
A maioria dos habitantes de Thantlang fugiu da cidade durante os confrontos no mês passado, muitos deles cruzando a fronteira com a Índia.
A equipe de informação da junta confirmou no sábado que duas igrejas e 70 casas foram queimadas na cidade, mas acusou as "forças de defesa do povo" locais pelo incêndio, após as forças de segurança entrarem em confronto com seus combatentes.
O porta-voz da junta, Zaw Min Tun, disse à imprensa local que o papel dos militares na destruição de Thantlang é uma "acusação infundada".
A AFP não conseguiu verificar de forma independente os relatos desta região remota.
O país do Sudeste Asiático está mergulhado no caos desde o golpe em fevereiro, com mais de 1.200 pessoas mortas conforme os militares reprimem os dissidentes.
As chamadas "forças de defesa do povo" (PDF) surgiram em todo o país para enfrentar a junta, aumentando os ataques e represálias sangrentas.
As Nações Unidas disseram na semana passada que temem uma catástrofe ainda maior de direitos humanos em meio a relatos de milhares de soldados se aglomerando no norte e oeste do país.
WASHINGTON