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Estado de Minas WASHINGTON

Republicano nos EUA se promove atacando livro de ganhadora do Nobel sobre escravidão


30/10/2021 19:56

Um republicano nos Estados Unidos está ganhando popularidade ao atacar o romance sobre a escravidão "Amada", de Toni Morrison, uma autora negra ganhadora do Prêmio Nobel de Literatura, enquanto conservadores em todo o país acusam as escolas de promover um ensino que culpa os brancos.

Os ataques parecem estar dando resultados para Glenn Youngkin, um rico empresário que concorre na terça-feira ao governo do estado da Virgínia contra o ex-governador democrata Terry McAuliffe.

Youngkin concentra seus ataques a McAuliffe em torno de um caso envolvendo o uso do livro "Amada" em escolas da Virgínia.

Baseada em fatos reais, a obra conta a história de uma ex-escrava de meados do século XIX que decide matar sua filha para que ela também não seja escravizada.

O celebrado livro lançado em 1987, vencedor do Prêmio Pulitzer, foi transformado em filme em 1998, estrelado por Oprah Winfrey. A escritora também recebeu o Nobel de Literatura em 1993.

Em seu retrato dos horrores da escravidão, Morrison usa representações gráficas de sexo e violência.

Assim, em 2013, uma mulher branca da Virgínia, Laura Murphy, iniciou uma longa batalha contra a inclusão deste livro nas aulas, dizendo que o mesmo havia provocado pesadelos em seu filho.

Murphy ajudou a persuadir o Legislativo do estado a aprovar uma lei que daria aos pais o direito de excluir das tarefas de seus filhos as leituras que considerassem sexualmente explícitas.

McAuliffe, que era governador, vetou o projeto de lei e outro semelhante, por considerá-los um ataque à liberdade de expressão.

Youngkin está aproveitando esse episódio para promover sua candidatura ao apresentar Laura Murphy em um anúncio muito visto na semana final da dura campanha eleitoral.

A Virgínia teve uma inclinação democrata nas últimas eleições, mas Youngkin e os republicanos estão mobilizando eleitores indignados com as restrições relacionadas à covid-19 e com as reportagens, em destaque na mídia conservadora, que questionam o ensino da chamada "teoria crítica da raça".

Essa abordagem de ensino da história americana, que propõe que o racismo está incrustado no sistema legal, gerou um debate acirrado em todo o país.

Ela não está no currículo escolar da Virgínia, mas Youngkin é aplaudido quando promete bani-la, de acordo com o The Washington Post.

A campanha de McAuliffe a rechaça como uma tentativa de alimentar as "guerras culturais" que dividem o país.


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