"A ONU é uma organização intergovernamental composta por Estados soberanos", declarou Ma Xiaoguang, porta-voz do Escritório de Assuntos de Taiwan em Pequim. "Taiwan é parte da China", acrescentou.
Blinken lamentou que Taiwan esteja cada vez mais excluído do cenário mundial e defendeu uma participação da ilha no "sistema da ONU", em uma declaração para marcar o aniversário de 50 anos da votação da Assembleia Geral sobre a admissão da China na organização, marginalizando Taiwan.
Por sua vez, Taiwan agradeceu aos Estados Unidos pelo apoio à sua inclusão nas Nações Unidas. "Agradecemos muito", disse o ministro das Relações Exteriores de Taiwan, Joseph Wu, a repórteres durante sua primeira visita oficial a Praga.
"Continuaremos a lutar por nossos direitos nas organizações internacionais para que o povo de Taiwan também possa contribuir", declarou Wu.
Pequim considera Taiwan - para onde fugiram os nacionalistas chineses após sua derrota para os comunistas em 1949 - uma província que deve ser reunificada, inclusive pela força se necessário.
Ma declarou que a República Popular da China é "o único governo que representa legalmente toda a China" e fez um apelo para que os dirigentes de Taiwan abandonem a ideia de depender de Washington para alcançar a independência.
Blinken disse na terça-feira que "uma participação significativa de Taiwan no sistema da ONU não é um tema político, e sim pragmático".
Ele acrescentou que a comunidade internacional enfrenta um número sem precedentes de temas mundiais complexos e que é crucial que todos ajudem a enfrentá-los, incluindo as 24 milhões de pessoas que moram em Taiwan.
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