"Uma luta ativa contra o incêndio está em curso no Zim Kingston, mas constatamos uma redução do fogo e da fumaça", informou a organização no Twitter.
O armador do navio, a sociedade cipriota Danaos, declarou à AFP que o "incêndio parece controlado", permitindo aos especialistas em acidentes "subir a bordo para assegurar que as condições estejam dadas para permitir o retorno da tripulação".
Embora a situação não pareça apresentar riscos em terra, como uma maré negra ou tóxica, "fontes rajadas de vento estão previstas na região" na noite de domingo e "as equipes vão vigiar a qualidade do ar tanto na água como na costa", informou a guarda costeira canadense.
Ventos de 70 são esperados na região de Victoria, na Columbia Britânica, perto de onde o cargueiro está ancorado. A embarcação se encontra no estreito Juan de Fuca, que marca a fronteira marítima entre o Canadá e os Estados Unidos, segundo o armador.
O navio estava nestas águas fronteiriças na noite de sexta-feira "à espera de poder acessar o porto de Vancouver, quando um episódio meteorológico extremo fez com que o barco inclinasse, o que causou a queda de contêineres sobre a borda", resumiu o armador cipriota.
Após o incidente, dois contêineres danificados se incendiaram no sábado, segundo a sociedade Danaos, enquanto a guarda costeira canadense informou na manhã deste domingo que "um incêndio eclodiu em 10 contêineres".
O capitão do navio tomou, então, a decisão de evacuação e 16 pessoas foram resgatadas, segundo a guarda costeira. O capitão do cargueiro "e pessoal-chave ficaram a bordo para supervisionar a luta contra o incêndio", acrescentou a Danaos.
"Devido à natureza dos produtos químicos a bordo do cargueiro, a aplicação de água diretamente sobre o fogo não é uma opção", informou a guarda costeira canadense no Twitter.
No entanto, um rebocador enviado ao local do incêndio, o Seaspan Raven, "resfriou o casco do Zim Kingston, borrifando-o com água fria" na madrugada de sábado para domingo, informaram as autoridades canadenses.
Segundo a TV pública Radio-Canada, 40 contêineres foram perdidos no oceano Pacífico e a guarda costeira canadense e sua contraparte americana trabalham juntas na região para encontrá-los.
A guarda costeira estabeleceu uma "zona de urgência" de duas milhas náuticas, proibidas para a navegação em volta do navio.
O cargueiro levava mais de 52 toneladas de produtos químicos, segundo a Radio-Canada, citando a guarda costeira.
WASHINGTON