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Estado de Minas RICHMOND

Obama faz campanha em eleição-chave na Virgínia


23/10/2021 19:34 - atualizado 23/10/2021 19:39

O ex-presidente americano Barack Obama pediu neste sábado (23) apoio ao candidato democrata em uma disputada votação na Virgínia, considerada um teste para o partido com vistas às eleições de meio de mandato do ano que vem, e apresentou o candidato republicano como uma ameaça à democracia.

O democrata Terry McAuliffe, que tenta o segundo mandato como governador da Virgínia, viu desaparecer sua vantagem nas mais recentes pesquisas de opinião e se encontra em uma disputa acirrada com o republicano Glenn Youngkin antes do pleito, em 2 de novembro.

Obama, que se mantém como o democrata mais popular nos Estados Unidos cinco anos após deixar o cargo, advertiu a uma multidão de seguidores entusiasmados reunidos em uma universidade da Virgínia que Youngkin cortaria postos de trabalho no ensino, restringiria o acesso ao aborto e apoiaria a campanha de Donald Trump para convencer os americanos de que as últimas eleições foram roubadas por Joe Biden.

"Até onde vejo, a grande mensagem do opositor de Terry consiste em dizer que é um cara normal porque usa (casaco de) fleece. E ele acusa as escolas de praticar lavagem cerebral nas nossas crianças", disse Obama.

"Também disse querer auditar de novo as máquinas de votação usadas nas últimas eleições presidenciais. Sério? Incentivar as mentiras e a teoria da conspiração com as quais temos tido que viver todo esse tempo? E sim, deveríamos acreditar que vai defender a nossa democracia?", questionou.

O entorno de McAuliffe teme que a mobilização de seus partidários nestas eleições seja baixa e lançou mão de algumas figuras de destaque do partido, inclusive a primeira-dama, Jill Biden, e a vice-presidente, Kamala Harris.

Mas sua vantagem tem diminuído, segundo as últimas pesquisas.

Uma vitória de McAuliffe também daria impulso aos projetos de lei sobre a infraestrutura e serviços sociais de Joe Biden, estagnados no Congresso.

Já uma derrota poderia assustar os democratas moderados, que por si só tentam reduzir o montante total destas iniciativas, de US$ 5 trilhões aproximadamente para cerca de US$ 3 trilhões.

- Antecipação -

Os líderes do partido esperam que Obama motive os eleitores afro-americanos, fundamentais neste estado do sul dos Estados Unidos.

"Estou aqui hoje porque acredito que a Virgínia tomará a decisão certa. Acho que os Estados Unidos, afinal, tomarão a decisão certa", disse.

"Acredito que vocês na Virgínia mostrarão ao restante do país e ao mundo que não vamos ceder aos nossos piores instintos. Não voltaremos ao passado que nos fez tão mal, vamos avançar com gente como Terry liderando o caminho", continuou.

A primeira eleição realmente acirrada desde que Joe Biden chegou ao poder é vista como uma antecipação do panorama político que se desenha para as eleições de meio de mandato no ano que vem.

No meio do caminho entre os subúrbios de Washington, no norte da Virgínia, reduto democrata, e o sul e o sudoeste conservador do estado, a capital, Richmond, poderia se inclinar para qualquer um dos lados.

Enquanto McAuliffe, de 64 anos, apresentou a eleição como um referendo sobre Trump, Youngkin, dez anos mais jovem que o adversário, se concentrou nas escolas, fazendo campanha contra o uso obrigatório das máscaras, rejeitado pelos eleitores de Trump, que não foi à Virgínia, mas apareceu virtualmente em um comício do candidato republicano.

Do púlpito em que subiu antes de Obama, o candidato democrata prometeu trabalhar com os "republicanos razoáveis", mas atacou seu adversário, a quem chamou de "cãozinho de Donald Trump".


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