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Estado de Minas LA PAZ

Milhares de varejistas marcham contra lei do governo boliviano


21/10/2021 17:57

Milhares de integrantes de poderosos sindicatos de comerciantes varejistas marcharam nesta quinta-feira (21) em seis das dez principais cidades da Bolívia, em reprovação a uma lei do presidente Luis Arce que define a estratégia contra a legitimação de lucros ilícitos.

Os vendedores caminharam por ruas e avenidas nas cidades de La Paz, Cochabamba (centro), Santa Cruz (leste), Oruro (oeste) e Tarija (sul), enquanto em Potosí (sudoeste) os coletivos de cidadãos também fizeram greve.

"Esta é uma marcha total do comércio varejista", afirmou em entrevista coletiva o principal dirigente de grêmio de vendedores ambulantes, Francisco Figueroa, que acrescentou que há registro, "em diversas cidades do país", de manifestações pacíficas.

As marchas reprovam a lei, de agosto passado, que estabelece um plano nacional de Luta contra a Legitimação de Lucros Ilícitos e Financiamento ao Terrorismo. Os comerciantes e outros setores empresariais manifestaram temor pelo uso discricional da norma e exigem a sua derrogação.

Esses setores obrigaram o governo a retirar, na semana passada, do Parlamento outra lei com o mesmo teor, que consideravam draconiana. O Poder Executivo, por sua vez, afirmou em diversas ocasiões que os temores são infundados.

O temor dos opositores à legislação reside no fato de que ela define as bases de outra norma legal, como a que foi retirada do Congresso, que permitirá ao governo investigar o patrimônio de qualquer cidadão sem uma ordem judicial, e obrigaria advogados e jornalistas a revelar informações de clientes e fontes informativas, entre outros aspectos.

Em La Paz, dezenas de varejistas marcharam por ruas e avenidas até a sede do Ministério da Economia, que lidera a luta contra a legitimação de lucros, com cartazes contra a lei e bandeiras bolivianas.

Figueroa assinalou que, se o governo não anular a lei em breve, seus protestos se repetirão em todo o país.

Por outro lado, o ministro de Obras Públicas, Edgar Montaño, considerou que as "mobilizações não tiveram nenhum efeito" e "as atividades estão funcionando normalmente em todo o país", porque a convocação para os protestos tinha fins "políticos e mentirosos".

O governo do presidente Arce pediu a abertura de mesas de diálogo com os dirigentes dos vendedores populares para explicar-lhes o conteúdo da lei e afastar seus temores.


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