Após seis meses de sessões, o relator da CPI, senador Renan Calheiros, concluiu que o governo federal expôs "deliberadamente a população ao risco concreto de infecção em massa", o que o levou a pedir o indiciamento de Bolsonaro e outras 67 pessoas, incluindo vários ministros e ex-ministros e três de seus filhos.
Além de "atraso deliberado" na compra de vacinas, "se comprovou a existência de um gabinete paralelo, a intenção de imunizar a população por meio do contágio natural, se deu prioridade a um tratamento precoce sem base científica e foram desestimuladas as medidas não farmacológicas", como uso de máscara e distanciamento, afirma o relatório.
A CPI não tem poder de fazer denúncias formais, mas seu relatório será enviado a diferentes órgão que podem prosseguir com as investigações e apresentar acusações, como a Procuradoria Geral, o Tribunal de Contas da União ou um tribunal internacional.
O resumo do relatório será lido nesta quarta-feira e votado pelos 11 integrantes na próxima semana.
BRASÍLIA