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Estado de Minas CHICAGO

Prefeita de Chicago e polícia entram em choque por ordem de vacinação


15/10/2021 16:53

Cerca de metade dos policiais de Chicago podem ser colocados em licença não remunerada, depois de se recusarem a informar se foram vacinados contra a Covid-19, enquanto a cidade americana enfrenta um aumento dos crimes com violência.

O embate entre a prefeita de Chicago, Lori Lightfoot, e o chefe do sindicato policial, John Catanzara, tornou a cidade o foco mais recente de um debate polarizado sobre as vacinas e o direito dos governos de impô-las.

Lori deu até a meia-noite desta sexta-feira para que todos os trabalhadores empregados pela terceira maior cidade dos Estados Unidos informem se foram imunizados ou testados para o novo coronavírus. Aqueles que se recusarem terão alguns dias para se explicar, mas podem ser colocados em licença não remunerada e, por fim, demitidos.

"Não irei permanecer de braços cruzados enquanto a retórica dos teóricos da conspiração ameaça a saúde e a segurança dos residentes de Chicago e socorristas", declarou a prefeita. Catanzara, no entanto, pediu aos 13 mil funcionários sindicalizados que se mantenham firmes.

Com o aumento do número de assassinatos e tiroteios, o policial acredita que está em vantagem. "Posso garantir a vocês que a situação de não pagamento não irá durar mais do que 30 dias", afirmou em vídeo aos membros do sindicato, especificando que a mesma afetaria metade ou mais dos oficiais de base.

- Corpo a corpo -

Catanzara pode estar certo, dizem funcionários de Chicago. A polêmica ocorre no momento em que a cidade volta a liderar o número de assassinatos no país, com 639 até 13 de outubro, 55% a mais do que há dois anos. Os tiroteios, por sua vez, cresceram 68% em relação a 2019, chegando a 2.866 este ano até 13 de outubro, de acordo com o Departamento de Polícia de Chicago.

O vereador e ex-policial Anthony Napolitano, que apoia a posição do sindicato, disse que a força tem hoje cerca de 1.000 policiais a menos devido ao número recorde de aposentadorias e à falta de recrutas.

"Os criminosos sabem dessas coisas, sabem o que está acontecendo", advertiu esta semana ao "Chicago Sun-Times". "Vai ser puro corpo a corpo."

A prefeita de Chicago assinalou que a lei estadual e o contrato sindical proíbem a polícia de Chicago de entrar em greve. Ela acusou Catanzara de "encorajar uma greve ilegal e uma paralisação que tem o potencial de minar a segurança pública e expor nossos residentes a danos irreparáveis, especialmente durante a pandemia em curso". Catanzara não respondeu aos pedidos de entrevista.

A Covid foi a principal causa de morte de policiais em 2020 e em 2021, segundo a Down Memorial Page, que registra os óbitos na categoria. A polícia foi um os primeiros grupos a ter acesso às vacinas.


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