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Estado de Minas WASHINGTON

Ex-enviado dos EUA questiona credibilidade do premier haitiano


07/10/2021 21:33

O enviado especial dos EUA ao Haiti que renunciou no mês passado em protesto contra medidas do governo Joe Biden disse que Washington errou ao apoiar o primeiro-ministro haitiano, Ariel Henry, e considerou que o mesmo não tem credibilidade.

Ao ser perguntado em audiência no Congresso se o governo Henry poderia permanecer no poder sem o apoio dos Estados Unidos, Daniel Foote, um diplomata de carreira, respondeu: "Não acredito que sobreviva nem por um minuto."

Henry foi nomeado dois dias antes do assassinato, em 7 de julho, do presidente Jovenel Moise, que governava por decreto, dando início a uma nova crise no país mais pobre das Américas, que sofre com a violência e os desastres naturais.

Após um acordo fechado no fim daquele mês, um novo governo foi encarregado de organizar novas eleições. Henry se tornou o favorito depois que os embaixadores de Estados Unidos, França e outros em Porto Príncipe o apoiaram em declaração conjunta.

Daniel Foote disse que não guarda rancor de Henry, mas acredita que "o consenso é quase unânime" entre os haitianos de que o primeiro-ministro pertence a um partido culpado pelos problemas no Haiti. "Os haitianos não estão felizes e não veem o atual governo interino como confiável", afirmou, ao depor perante o Comitê de Relações Exteriores da Câmara dos Representantes.

Foote, um diplomata experiente, ficou apenas dois meses no cargo de enviado especial e destacou que esse assunto contribuiu para a sua renúncia. O deputado democrata Andy Levin comentou que estava "furioso" porque os Estados Unidos perderam o que chamou de oportunidade histórica de envolver a sociedade civil e, em vez disso, aceitaram alguém nomeado por Moise, que havia liderado uma "cleptocracia, uma gangsterização" do Haiti.

O congressista pediu ao governo Biden que incentive uma "transição real" no Haiti, "não apenas um espetáculo de retorno a um governo democrático. Considero que nossa política atual não respeita e não vê o povo haitiano, algo que nosso país tem feito continuamente."


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