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Estado de Minas MÉXICO

Presidente do México suspende ato público após interrupção de manifestantes


03/10/2021 15:57 - atualizado 03/10/2021 17:04

O presidente do México, Andrés Manuel López Obrador, suspendeu neste domingo (3) um ato público no centro do país depois que dezenas de cidadãos invadiram o local em que apresentava um relatório, segundo imagens divulgadas na conta do Twitter do presidente.

Este é o segundo incidente em que López Obrador se envolve desde 27 de agosto, quando um grupo de professores impediu o avanço de sua caravana por cerca de duas horas no estado de Chiapas, sul do país.

Os incidentes deste domingo aconteceram em um parque de diversões em Huauchinango (estado de Puebla), onde o presidente e vários ministros apresentaram um balanço da ajuda governamental aos afetados pelo furacão Grace, que deixou 11 mortos no México entre 21 e 22 de agosto.

Dezenas de pessoas se posicionaram na lateral do prédio, atrás de cercas de metal, e começaram a gritar, o que deixou inaudível o discurso do presidente.

Momentos depois, eles passaram pela equipe de segurança na porta e entraram na sala com faixas nas quais reclamavam não ter recebido apoio suficiente.

"Vocês vão me deixar falar?", López Obrador questionou de uma mesa para os manifestantes, alguns dos quais mais tarde se aproximaram para tentar encarar o presidente, mas sem agressões.

"Espera!", afirmou o presidente para uma mulher que o segurou pela mão. "Para o lado!", ordenou a um homem que estava na frente dele.

"Vão me respeitar?", insistiu diante da multidão, que acatou seu pedido de silêncio para reiterar o compromisso do governo de entregar socorro às vítimas sem intermediários.

López Obrador encerrou o discurso e deixou dois ministros encarregados de lidar com as reclamações, argumentando que ele deveria continuar sua jornada em Tlaxcala (centro).

O incidente acabou com aplausos dos moradores e elogios do presidente a Huauchinango, Puebla e México.

- Segurança em questão -

O evento voltou a colocar em questão o sistema de segurança do presidente em um país abalado pela violência dos cartéis do narcotráfico.

Em 27 de agosto, cerca de 300 pessoas, entre professores, alunos e profissionais da saúde, bloquearam uma estrada em Tuxtla Gutiérrez (Chiapas) e impediram a passagem do veículo presidencial por duas horas.

López Obrador então se recusou a descer, alegando que não aceitava "chantagens" dos manifestantes, que denunciavam uma reforma educacional e problemas com o fundo público. "Eles me respeitam e depois conversamos!", disse o chefe de Estado a um deles, cuja gestão é aprovada por 63% dos mexicanos, segundo uma série de pesquisas da agência Oraculus.

A retenção da caravana fez com que pela primeira vez o presidente não pudesse celebrar La Mañanera, sua coletiva de imprensa diária, marcada para Chiapas.

Precisamente durante aquela conferência, que geralmente é realizada no palácio presidencial, em 1º de março um homem burlou a segurança e foi até a tribuna do governante para pedir ajuda porque, segundo ele, não encontrou trabalho depois de ter sido preso injustamente por posse de drogas.


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