O ministro das Relações Exteriores da França, Jean-Yves Le Drian, reuniu-se paralelamente à Assembleia Geral da ONU com o secretário de Estado americano, Antony Blinken, a fim de discutir a pior crise na relação entre os aliados desde a guerra no Iraque.
O principal diplomata da França disse a Blinken que o telefonema da véspera entre o presidente americano, Joe Biden, e o colega francês, Emmanuel Macron, havia sido o início do processo de recuperação da confiança. "Ele observou, no entanto, que resolver a crise entre os dois países levaria tempo e exigiria ações", ressaltou a chancelaria da França.
A França ficou furiosa quando a Austrália cancelou, na semana passada, um contrato multimilionário para adquirir submarinos convencionais franceses e decidiu que precisava da versão nuclear americana, em meio à tensão crescente com a China.
- Vínculos sólidos -
Blinken prometeu trabalhar para reconquistar a confiança da França, aliado mais antigo dos Estados Unidos, e citou interesses em comum, incluindo a campanha francesa contra o grupo extremista Estado Islâmico. "Estou convencido de que nossos interesses juntos são tão fortes, os valores que compartilhamos são tão inquebráveis, que seguiremos em frente e faremos um bom trabalho, mas levará algum tempo. Será um trabalho árduo", declarou.
O secretário de Estado afirmou que manterá as conversas com Le Drian, embora Biden já tenha concordado em se reunir no próximo mês com Macron. Jean-Yves Le Drian, no entanto, manteve uma distância fria de seus colegas australiano e britânico.
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