Os democratas controlam ambas as Câmaras do Congresso, mas com uma maioria tão ajustada no Senado que necessitam da aprovação de um projeto de lei orçamentária por parte dos republicanos até o fim deste mês, data que marca o fim do ano fiscal nos Estados Unidos.
Na noite de terça-feira, e somente com votos democratas, a Câmara dos Representantes aprovou a extensão até 3 de dezembro do atual orçamento para evitar um "shutdown", uma paralisação do governo federal.
Um número suficiente de republicanos apoia a ideia, mas se nega energicamente a elevar o teto da dívida americana, uma medida que os democratas inseriram no novo projeto de lei.
Tradicionalmente, ambos os partidos aprovam as medidas sobre o valor da dívida (28,8 trilhões de dólares). Atualmente, porém, os republicanos se mostram irredutíveis e acusam os democratas de promover gastos "irresponsáveis".
Em consequência, o projeto aprovado na terça-feira parece condenado ao fracasso quando for votado no Senado nos próximos dias.
O teto da dívida é o valor a partir do qual o governo não pode mais emitir novos papéis para se financiar, o que o impediria de pagar suas dívidas. O Departamento do Tesouro estima que este teto será alcançado no fim de outubro.
Pelosi afirmou acreditar que um texto será aprovado antes de 30 de setembro para evitar a paralisação do governo.
Uma vez no Senado, onde o texto atual será travado pelos republicanos, "iremos manter o financiamento do governo até 30 de setembro e seguiremos com as conversas sobre o teto da dívida, mas não por muito tempo, porque essa discussão fará a dívida pesar", insistiu Pelosi.
WASHINGTON