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Estado de Minas BEIRUTE

Mais de 60 crianças mortas em campos no nordeste da Síria este ano, de acordo com ONG


22/09/2021 22:17

A ONG Save the Children denunciou em relatório publicado nesta quinta-feira (23, quarta 22 no Brasil) que 62 crianças morreram este ano em campos de desalojados no nordeste da Síria, onde vivem famílias de combatentes estrangeiros do grupo Estado Islâmico (EI).

A organização descreve as condições de vida insuportáveis nos campos de Al Hol e Roj, controlados pelas forças curdas e onde vivem dezenas de milhares de pessoas desalojadas, incluindo cerca de 40.000 crianças.

Desde o início do ano, 62 crianças morreram no campo de Al Hol devido à desnutrição, doenças, problemas de saúde ou incêndios, representando uma média de duas crianças por semana, disse a ONG. Além disso, 73 pessoas, incluindo duas crianças, foram mortas.

Entre os deslocados estão crianças de 60 nacionalidades diferentes, afirma a Save the Children, que denuncia as recusas de países europeus, Austrália e Canadá de repatriar os filhos dos seus cidadãos que aderiram ao EI.

"É mais urgente do que nunca que governos estrangeiros com cidadãos em Al Hol e Roj assumam suas responsabilidades e repatriem seus filhos e famílias", diz a organização.

Em Al Hol, apenas 40% das crianças têm educação escolar, relata a ONG, enquanto 55% das famílias em Roj afirmam conhecer casos de crianças menores de 11 anos trabalhando.

O relatório oferece testemunhos de algumas crianças, como Maryam, do Líbano, de 11 anos.

"Não aguento mais essa vida. Tudo o que fazemos é esperar", disse a garota em maio.

A Save the Children critica o fato da França ter 320 crianças nesses campos, mas só repatriou 35. O Reino Unido se responsabilizou por apenas 4 dos 60 menores britânicos no local, acrescenta.

"O que vemos aqui são governos simplesmente abandonando as crianças, que são as primeiras e principais vítimas do conflito", analisa Sonia Khush, diretora de resposta à Síria da Save the Children.

Segundo ela, 83% dos repatriamentos foram realizados pelo Uzbequistão, Kosovo, Cazaquistão e Rússia.

As autoridades curdas alertaram repetidamente que não têm capacidade para sustentar todas essas famílias e pedem insistentemente o repatriamento de estrangeiros.


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