Os soldados se deslocavam por uma área rural do departamento de Córdoba (noroeste) quando foram atacados com "artefatos explosivos por supostos integrantes (...) do Clã do Golfo", informou o Exército em um comunicado da imprensa.
Na "ação terrorista, cinco soldados foram assassinados e outros três ficaram feridos", denunciou o comandante do Exército, general Eduardo Zapateiro.
Sob o comando de Dairo Antonio Úsuga (de pseudônimo Otoniel), um dos criminosos mais procurados na Colômbia e por quem os Estados Unidos oferecem uma recompensa de cinco milhões de dólares, o Clã do Golfo é o principal grupo exportador desta droga.
"A mensagem é para este bandido de pseudônimo 'Otoniel' (...), vamos atrás dele e tem a alternativa de se entregar às autoridades ou receber o que merece", advertiu o presidente Iván Duque ao ser perguntado por jornalistas sobre o ataque.
Depois de meio século de perseguição ao narcotráfico, a Colômbia continua sendo o principal fornecedor mundial desta droga e o mercado americano é seu principal destino.
O município de Puerto Libertador, onde o ataque ocorreu, abriga vastos cultivos de coca, planta com a qual se fabrica a cocaína.
Na semana passada, forças estatais mataram sete membros da organização na mesma região.
O país vive o pior surto de violência desde a assinatura do acordo de paz com as Farc, em 2017.
Grupos armados ocuparam os espaços deixados pela guerrilha mais poderosa da América diante da escassa presença do Estado.
Nestas regiões, o Clã do Golfo, rebeldes que se afastaram do pacto de paz e guerrilheiros do ELN travam uma disputa sangrenta pela receita do narcotráfico e do garimpo ilegal.
Também se tornaram frequentes os ataques contra a força pública. Outros cinco soldados morreram em 11 de setembro em um ataque do ELN na fronteira com a Venezuela.
BOGOTÁ