De acordo com o calendário eleitoral, os territórios palestinos devem realizar eleições locais uma vez a cada quatro anos.
Na Cisjordânia, elas aconteceram em 2017 pela última vez. Neste ano, o grupo islâmico Hamas impediu que fossem realizadas em Gaza, um território submetido a um bloqueio israelense há mais de 15 anos.
"Estabelecemos o calendário eleitoral, mas não sabemos se o Hamas permitirá a organização das eleições municipais em Gaza", disse à AFP Farid Taamallah, porta-voz da comissão eleitoral, um órgão independente com sede em Ramallah, capital administrativa da Cisjordânia.
"Esperamos que o governo palestino se coordene com (as autoridades de) Gaza e nos informe sobre o que decidirem", acrescentou.
As relações entre Hamas e Fatah, partido do presidente da Autoridade Palestina, Mahmud Abbas, vêm-se deteriorando desde 2017. Neste ano, os islamitas assumiram o controle de Gaza após duros confrontos.
As eleições municipais estão previstas para 11 de dezembro em 387 localidades de Gaza e Cisjordânia e, posteriormente, em outras 90, disse Taamallah.
Em abril, o Hamas denunciou a decisão de Abbas de anular as eleições legislativas e presidencial palestinas marcadas para maio e julho. Seriam as primeiras eleições deste tipo em 15 anos.
Abbas justificou sua decisão com o argumento de que a segurança em Jerusalém Oriental não estava "garantida", em um momento de grandes tensões na Cidade Santa. Oficialmente, seu mandato terminaria em 2009.
RAMALLAH