O secretário de Defesa, Lloyd Austin, e o General de Estado-Maior Conjunto, Mark Milley, refletiram sobre um conflito que tirou a vida de 2.461 soldados americanos, incluindo 13 em um ataque suicida pelo Estado Islâmico-Khorasan (EI-K) em 26 de agosto, enquanto a retirada pelo aeroporto de Cabul estava em andamento.
"Estes foram dias, na verdade anos, incrivelmente emocionais e difíceis", disse Milley. "Todos nós temos (...) sentimentos de dor e raiva, pesar e tristeza, combinados com orgulho e resiliência", completou.
Austin reconheceu a onda de sentimento intenso sobre a guerra que começou com a queda do regime talibã do poder, no final de 2001, e se encerra com a polêmica retirada das tropas americanas em meio ao retorno dos talibãs ao comendo do país.
A invasão americana ocorreu após os ataques de 11 de setembro de 2001, que deixaram quase 3.000 mortos nos Estados Unidos e foram perpetrados pela Al-Qaeda, uma organização com base no Afeganistão e protegida pelo governo Talibã.
"Sei que esses foram dias difíceis para muitos de nós. E ao olharmos para trás como nação na guerra do Afeganistão, espero que todos o façamos com consideração e respeito", pediu Austin.
"Como sempre fazemos, este departamento vai olhar para trás, com clareza e profissionalismo, e aprender todas as lições possíveis", acrescentou sobre o resultado da guerra, que não descreveu como "perda" ou "derrota".
Milley disse que há muitas lições táticas, operacionais e estratégicas a aprender. "Como chegamos a este momento no Afeganistão será analisado e estudado nos próximos anos. E nós, no exército, abordaremos isso com humildade, transparência e sinceridade", afirmou.
"Quando olhamos para os acontecimentos dos últimos 20 anos e dos últimos 20 dias, isso gera dor e raiva".
Também sugeriu a possibilidade dos Estados Unidos e os talibãs trabalharem juntos no futuro para combater o Estado Islâmico-Khorasan, responsável pelo atentado suicida que custou a vida de 13 soldados americanos.
WASHINGTON