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Estado de Minas JERUSALÉM

Tribunal israelense congela demolição de casas palestinas em Jerusalém Oriental


11/08/2021 13:59

Um tribunal de Jerusalém ordenou um congelamento de seis meses na demolição de casas palestinas em um bairro atualmente ocupado por judeus no leste da cidade santa, uma medida que o advogado dos afetados descreveu nesta quarta-feira (11) como "progresso", mas não uma "vitória".

Israel havia ordenado a demolição de cerca de 100 casas em Silwan, um bairro palestino localizado nos arredores da Cidade Velha de Jerusalém, argumentando que elas foram construídas ilegalmente em terras públicas.

O Tribunal de Assuntos Locais de Jerusalém, no entanto, anunciou um congelamento de seis meses na segunda-feira, e a juíza Sigal Albo observou que "havia chegado à conclusão de que há uma margem para chegar a um acordo sobre um prazo". Em qualquer caso, dezesseis casas serão demolidas imediatamente.

O prazo acordado pelo sistema de justiça é "um progresso", mas "não uma vitória", disse à AFP Ziad Kawar, advogado que representa os habitantes palestinos de Silwan.

Atualmente, cerca de 210 mil israelenses residem em Jerusalém Oriental, a parte palestina da cidade ocupada e anexada pelo estado judeu, ilegalmente de acordo com o direito internacional. Mais de 300 mil palestinos vivem nesta parte da cidade, que eles querem tornar a capital do Estado.

Kawar também indicou que seus clientes estão tentando registrar suas casas, construídas sem licença, junto às autoridades. "Não é possível obter autorizações aqui", esclareceu o advogado.

As casas que serão demolidas estão localizadas onde Israel planeja construir um parque em homenagem ao rei Davi, que teria estabelecido sua capital naquele mesmo lugar 3.000 anos atrás, segundo a tradição judaica.

A decisão de estender o prazo veio dez dias depois que a Suprema Corte israelense adiou sua sentença no caso de famílias palestinas ameaçadas de despejo em benefício de colonos israelenses em Sheikh Kharra, outro bairro de Jerusalém Oriental, um assunto que gerou um surto de violência em maio passado.

Ir Amim, uma associação israelense que monitora a evolução dos assentamentos em Jerusalém, indica que até mil palestinos de Sheikh Kharra e Silwan correm o risco de serem despejados em favor de colonos judeus.


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