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Estado de Minas LONDRES

EUA recorre da rejeição do Reino Unido de extraditar Julian Assange


11/08/2021 12:52

Advogados do governo dos Estados Unidos questionaram, nesta quarta-feira (11), a credibilidade de um especialista no qual a Justiça britânica se baseou para se recusar a extraditar Julian Assange, o fundador do Wikileaks, exigido pela Justiça americana.

Em janeiro, a juíza britânica Vanessa Baraitser rejeitou a solicitação de extradição devido ao risco de suicídio para o australiano de 50 anos, que poderia ser condenado a 175 anos de prisão nos Estados Unidos pelo vazamento de documentos secretos.

Nesta quarta-feira, durante uma audiência preliminar do processo de apelação lançado por Washington, a advogada Clair Dobbin, representante dos Estados Unidos, defendeu que a juíza não "avaliou o peso" dos elementos produzidos por um especialista que concluiu que Julian Assange não apresentava risco de suicídio.

A advogada se baseou nos elementos apresentados pelo psiquiatra de Assange, Michael Kopelman, que admitiu que enganou a Justiça ao "esconder" que seu cliente se tornou pai enquanto se refugiava na embaixada do Equador em Londres, afirmou.

Julian Assange foi detido pela polícia britânica em abril de 2019 depois de passar sete anos na embaixada do Equador em Londres, onde se refugiou por medo de ser extraditado para os Estados Unidos.

Os Estados Unidos o acusam de espionagem por divulgar em 2010 mais de 700.000 documentos classificados sobre as atividades militares e diplomáticas americanas, principalmente no Iraque e Afeganistão, que revelaram atos de tortura, mortes de civis e outros abusos.

Assange poderia ser condenado a 175 anos de prisão se a Justiça dos EUA o declarar culpado.

Dezenas de apoiadores de Assange com cartazes que diziam "Dez anos, já chega!" ou "Libertem Assange" se reuniram nesta quarta-feira em frente ao Tribunal Supremo de Londres, incluindo o ex-líder trabalhista Jeremy Corbyn.

"Espero que o tribunal envie hoje um sinal muito claro de que não autorizará o recurso dos Estados Unidos e que Julian Assange pode ser liberado", declarou Corbyn, denunciando a "obsessão" dos Estados Unidos "pelas pessoas que revelam a verdade sobre a presença militar americana no mundo".

Assange "é um jornalista cujo único crime foi revelar os assuntos sujos e podres deste mundo", afirmou à AFP Mario Mantilla, de 58 anos, que vestia uma fantasia da Estátua da Liberdade manchada de vermelho, como se fosse sangue.


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