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Estado de Minas LA PAZ

UE nega ter participado de 'conspiração' contra Evo Morales em 2019


05/08/2021 20:57

A delegação da União Europeia (UE) e missões diplomáticas credenciadas em La Paz negaram nesta quinta-feira (5) ter participado de uma "conspiração" e um "golpe de Estado" contra o ex-presidente boliviano Evo Morales em 2019.

"A delegação da União Europeia, juntamente com as missões diplomáticas dos Estados membros da UE na Bolívia, rejeita categoricamente as acusações de ter participado em novembro de 2019 em uma conspiração com o objetivo de preparar um golpe de Estado", informou em um comunicado o gabinete do bloco europeu em La Paz.

Essas declarações respondem a insinuações feitas nos últimos dias pelo governo do presidente de esquerda Luis Arce - herdeiro político de Morales - e seu partido Movimento ao Socialismo (MAS) sobre um suposto levante contra Morales.

"Não somos uma colônia do Vaticano nem da União Europeia, nem de ninguém, a Bolívia é um Estado independente", disse o procurador-geral Wilfredo Chávez esta semana em um relatório ao Parlamento.

"A participação desses atores, além de ser uma participação contrária à Constituição, é uma participação ilegal, é uma participação criminosa porque reivindicava os direitos do povo", acrescentou.

Com esse discurso, o partido no poder promove um processo criminal contra a ex-presidente de direita Jeanine Áñez, presa em março, vários de seus ministros e ex-chefes das Forças Armadas.

Também acusam vários políticos, como os ex-presidentes Carlos Mesa (2003-2005) e Jorge Quiroga (2001-2002), de terem organizado um "golpe" em meio a uma forte convulsão social para levar à saída de Morales, após 14 anos no poder, e sua substituição por Áñez.

A UE afirmou em seu pronunciamento que junto com a Igreja Católica "ajudou a pacificar o país em tempos de extrema tensão, facilitando uma plataforma de diálogo, com o propósito de evitar mais violência e pôr fim à crise que abalou o país".

Esses diálogos aconteceram entre governistas e opositores em meio ao caos social, com um motim policial e com os militares que retiraram o apoio a Morales.

Os conflitos de outubro e novembro deixaram cerca de 35 mortos, segundo a Comissão Interamericana de Direitos Humanos (CIDH), e tiveram origem quando opositores de Morales o acusaram de ter cometido fraude eleitoral visando governar até 2025.

Morales, no poder desde 2006, renunciou e se exilou no México e depois na Argentina.


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