O construtor Zodiac Maritime, empresa internacional de propriedade do israelense Eyal Ofer com sede em Londres, informou na sexta-feira (30) "a morte de dois membros de sua tripulação: um cidadão romeno e um cidadão britânico", durante um incidente a bordo do Mercer Street".
Nenhum grupo assumiu a autoria do ataque, mas a Dryad Global, um empresa especializada com sede em Londres, referiu-se às novas "represálias na guerra nas sombras travada pelas duas potências inimigas" - uma referência a Irã e Israel.
"Dei instruções às embaixadas em Washington, Londres e a ONU para que ajam com seus interlocutores governamentais e as delegações competentes na sede da ONU em Nova York", tuitou ontem o ministro israelense das Relações Exteriores, Yair Lapid.
O chanceler israelense disse ter conversado com seu homólogo britânico, Dominic Raab, ressaltando a "necessidade de responder de maneira severa ao ataque ao navio, em que morreu um cidadão britânico".
"O Irã semeia violência e destruição em todos os rincões da região", denunciou uma autoridade do governo israelense, em um comunicado divulgado mais cedo.
Teerã "não é apenas um problema de Israel, mas de todo mundo. Seu comportamento ameaça a navegação e o comércio mundial", acrescentou.
Em uma nota, o Exército dos Estados Unidos declarou que forças da Marinha americana, em resposta a um chamado de socorro, foram enviadas para ajudar a tripulação e puderam constatar as evidências de um ataque.
As primeiras observações "indicam claramente" um ataque de drones, de acordo com o Exército.
No Irã, o canal em árabe de uma das televisões públicas citou "fontes informadas na região", segundo as quais o ataque foi uma resposta "a um recente ataque israelense na Síria".
O Mar de Omã está localizado entre Irã e Omã, onde fica o estratégico Estreito de Ormuz. Por ele, transita boa parte do petróleo mundial. Uma coalizão liderada pelos Estados Unidos está presente na região.
JERUSALÉM