(none) || (none)
UAI
Publicidade

Estado de Minas WASHINGTON

EUA condena intimidação a jornalistas estrangeiros na China


30/07/2021 07:02

A Casa Branca disse estar "profundamente preocupada" com a perseguição e a intimidação dos correspondentes estrangeiros que cobriam as inundações na China - afirmou um porta-voz do Departamento de Estado na quinta-feira (29).

A reação do governo americano surge apenas 24 horas depois de Pequim acusar a BBC de divulgar "notícias falsas" sobre as devastadoras inundações na província de Henan (centro), e a rede britânica denunciar que seus jornalistas sofreram hostilidades.

"Os Estados Unidos estão profundamente preocupados com a crescente vigilância, assédio e intimidação de jornalistas americanos e de outros países na República Popular da China, incluindo correspondentes estrangeiros que cobriam a devastação e a perda de vidas causadas pelas recentes inundações em Henan", disse o porta-voz do Departamento, Ned Price, em um comunicado.

"O governo chinês garante que dá boas-vindas aos meios de comunicação estrangeiros e que apoia seu trabalho, mas suas ações contam outra história", acrescentou Price.

Ontem, o porta-voz do Ministério chinês das Relações Exteriores, Zhao Lijian, acusou a BBC de espalhar notícias falsas e de "atacar e caluniar a China, desviando-se dos padrões jornalísticos".

A rede britânica denunciou que seus repórteres sofreram fortes críticas on-line e que outros jornalistas de outros meios de comunicação foram perseguidos no terreno, enquanto aumenta a sensibilidade dos chineses em relação a qualquer projeção negativa da imagem do país no exterior.

Jornalistas da AFP na cidade de Zhengzhou, uma das mais afetadas pelas enchentes, foram cercados por dezenas de pessoas e tiveram de apagar o material gravado de um túnel de tráfego inundado.

Em declarações nesta sexta-feira (30), Zhao Lijian rejeitou as críticas do Departamento de Estado americano e acusou Washington de "flagrantes duplos padrões e de assédio hegemônico".

Zhao disse que os Estados Unidos já haviam expulsado jornalistas chineses e imposto "restrições discriminatórias" a eles. Nesse sentido, pediu a Washington que "olhe para si mesmo e pare seus constantes ataques à China".

Grupos de defesa da liberdade de imprensa afirmam que o trabalho dos repórteres está sendo cada vez mais dificultado no país, evocando casos de jornalistas monitorados nas ruas, de campanhas de assédio digital, ou de negação de vistos.


receba nossa newsletter

Comece o dia com as notícias selecionadas pelo nosso editor

Cadastro realizado com sucesso!

*Para comentar, faça seu login ou assine

Publicidade

(none) || (none)