"O próximo, vergonhoso e anunciado passo do macabro plano contra #Cuba é a imposição do Conselho Permanente da OEA", disse o presidente Miguel Díaz-Canel no Twitter.
Nesse sentido, ele acrescentou que "o desacreditado ministério das colônias yankees (a OEA) é convocado a desempenhar seu triste papel de lacaio".
A OEA anunciou nesta terça-feira que se reunirá amanhã para debater a situação em Cuba após as históricas manifestações que explodiram em 11 de julho na ilha caribenha.
O Conselho Permanente da OEA, o órgão executivo da organização integrado pelos seus 34 membros ativos, realizarão uma sessão virtual extraordinária em 28 de julho às 11h00 (horário de Brasília) para "abordar a situação em Cuba", segundo um comunicado.
Díaz-Canel também questionou as manifestações realizadas nos últimos dias contra seu governo em frente às embaixadas cubanas em várias capitais. Na segunda-feira à noite (26), sua representação diplomática em Paris foi alvo de um ataque com coquetéis molotov.
O ataque deixou danos menores e não foi reivindicado por ninguém até agora. Cuba responsabilizou os Estados Unidos pelo ocorrido.
"Os 'manifestantes pacíficos' contra a #RevoluçãoCubana chegaram até #Paris com o incentivo das campanhas anticubanas geradas em #Washington? É o retorno do terrorismo contra as embaixadas cubanas?", questionou Díaz-Canel.
O chanceler Bruno Rodríguez afirmou, por sua vez, que, em sua campanha contra o governo comunista da ilha caribenha, os Estados Unidos tentam impor uma reunião do Conselho Permanente da OEA, reiterando a acusação de que a organização está a serviço de Washington.
Fundadora do Sistema Interamericano, Cuba foi excluída da OEA em 22 de janeiro de 1962, devido à sua adesão ao bloco comunista soviético e ao seu confronto com Washington desde 1961.
Em 2009, os membros da OEA rescindiram a exclusão de 1962, mas Havana se recusa a retornar.
Cerca de 20 países, entre eles Brasil, Colômbia e Equador, uniram-se ontem ao secretário de Estado americano, Antony Blinken, em um apelo ao governo cubano para que respeite os direitos humanos e liberte os detidos nas manifestações de 11 de julho em 40 cidades e povoados da ilha.
Diante deste apelo, Rodríguez respondeu em um tuíte na segunda-feira que "#Cuba conta com o apoio de 184 nações que pedem #EliminaOBloqueio" e desafiou o governo dos Estados Unidos a apresentar provas que "comprovem essas acusações caluniosas".
HAVANA