"Esta reivindicação pisa na soberania dos Estados da região", afirmou, no início de uma viagem pelo Sudeste Asiático, onde vários países têm demandas de mesma natureza que a China.
"Seguimos apoiando os Estados costeiros da região na defesa de seus direitos, em virtude do direito internacional", acrescentou o secretário americano.
De Singapura, Austin declarou que os Estados Unidos "não hesitarão, caso [seus] interesses sejam ameaçados", mas que não se busca uma "confrontação" com a China.
"Estou comprometido com manter uma relação construtiva e estável com a China, incluindo uma comunicação de crise mais forte com o Exército Popular de Libertação", acrescentou.
A China reivindica a maioria da soberania territorial deste mar rico em recursos e por onde transitam, anualmente, trilhões de dólares do comércio marítimo mundial. Brunei, Malásia, Filipinas, Taiwan e Vietnã têm a mesma demanda.
As tensões entre a China e seus vizinhos aumentaram, recentemente, depois de Manila ter denunciado que centenas de navios chineses foram vistos na Zona Econômica Exclusiva filipina. Além disso, a Malásia enviou seus caças, devido a uma incursão recente de aviões chineses.
Biden decidiu manter o tom firme iniciado pelo presidente Donald Trump em relação a Pequim, embora tenha dito que espera colaborar com a China onde for possível - caso, até o momento, da mudança climática.
Depois de sua passagem por Singapura, Austin visitará Vietnã e Filipinas, para reafirmar o papel de "força estabilizadora" que Washington quer desempenhar na região, informou uma fonte do Departamento da Defesa.
Com mais de 650 milhões de habitantes, o Sudeste Asiático é um mercado-chave para os Estados Unidos.
SINGAPURA