É o quarto dia de manifestações convocadas por partidos de esquerda, sindicatos e movimentos sociais contra o presidente, que também está sendo investigado pela Procuradoria-Geral da República (PGR) por não ter denunciado suspeitas de irregularidades na negociação de vacinas contra a covid-19 da Covaxin.
No Centro do Rio de Janeiro, uma das mais de 400 cidades do Brasil e do exterior com atos programados, o protesto começou cedo. Milhares de pessoas expressaram suas críticas nesse "dia de unir o país em defesa da democracia, da vida dos brasileiros e do fora Bolsonaro", segundo os organizadores.
Os manifestantes, a maioria deles vestidos de vermelho e usando máscara para evitar a propagação do coronavírus, carregavam cartazes com dizeres como "Fora criminoso corrupto", "Ninguém aguenta mais" e "Fora Bolsonaro", verificou a AFP.
Até o meio-dia, haviam sido realizadas manifestações em pelo menos cinco capitais, entre elas Recife e Belém, com críticas ao atraso da campanha de vacinação e ao disparo do desemprego e apelos pelo aumento do auxílio emergencial.
À tarde, estão previstos protestos em outras capitais, incluindo São Paulo, que costuma ser a maior, e Brasília.
Bolsonaro vive seu pior momento desde que chegou ao poder em 2019. Sua popularidade está no nível mais baixo, 24%, e as pesquisas indicam que nas eleições do próximo ano ele seria derrotado pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
A oposição apresentou em junho um "superpedido de impeachment", que condensa uma centena de pedidos já apresentados anteriormente à Câmara dos Deputados com mais de 20 denúncias diferentes contra o presidente. Mas, por enquanto, Bolsonaro tem apoio suficiente no Congresso para bloquear essas iniciativas.
RIO DE JANEIRO