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Estado de Minas MANÁGUA

Sandinismo vê como certo que Ortega continuará no poder na Nicarágua


20/07/2021 00:36

O presidente da Nicarágua, Daniel Ortega, disputará um quarto mandato consecutivo nas eleições de novembro, como representante da Frente Sandinista de Libertação Nacional (FSLN), e vencerá, declarou nesta segunda-feira (19) um de seus colaboradores mais próximos.

"Essa força, a Frente Sandinista com Daniel no comando, nosso candidato para 7 de novembro, nosso companheiro... porque a vitória de 7 de novembro é indiscutível", afirmou nesta segunda-feira o presidente do Parlamento, Gustavo Porras, membro do partido da situação, que comemora 42 anos do triunfo da revolução que derrubou o ditador Anastasio Somoza.

Ortega ainda não oficializou sua candidatura e durante seu discurso nas comemorações desta segunda-feira na Praça da Revolução, em Manágua, não tocou no assunto.

A inscrição dos candidatos, de acordo com os prazos da lei, deve ocorrer entre os dias 28 de julho e 2 de agosto.

Vários participantes da celebração na Praça da Revolução usavam camisetas com a imagem de Ortega e o slogan "Daniel 2021". Além disso, cantaram músicas de atividades anteriores de proselitismo, com o refrão: "Mesmo que doa, mesmo que doa, Daniel, Daniel, ficará aqui."

As declarações de Porras, feitas a um canal oficial de TV, ocorrem em um momento em que o governo sandinista mantém presos 26 opositores, incluindo 6 candidatos à presidência e possíveis adversários de Ortega nas eleições.

Essas detenções renderam à Nicarágua sanções dos Estados Unidos, da União Europeia e da comunidade internacional, que exigem a realização de eleições livres e justas.

O sandinismo acusa os opositores de conspirar contra o governo para derrubá-lo, com apoio de Washington.

Ortega, um ex-guerrilheiro de 75 anos, liderou uma Junta de Governo após a derrubada de Somoza em 1979. Ele foi eleito presidente em 1984, mas perdeu a disputa em 1990 para Violeta Barrios de Chamorro.

Retornou ao poder em 2007 e conseguiu a reeleição em 2011 e 2016, em meio a questionamentos da oposição, pois com a ajuda do Parlamento eliminou regras que proibiam reeleições sucessivas.

Desde 2017, sua esposa, Rosario Murillo, é a vice-presidente.

A oposição e a comunidade internacional acusaram Ortega de governar de forma autoritária, após a repressão às manifestações de 2018 contra seu governo, que deixaram 328 mortos e milhares de exilados, segundo organizações de direitos humanos.


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