"O Departamento da Defesa anunciou hoje a transferência de Abdul Latif Nasir do centro de detenção na Baía de Guantánamo para o Reino do Marrocos", declarou o Pentágono em um comunicado, acrescentando que 39 presos permanecem neste polêmico centro de detenção caribenho.
Nasir sequer chegou a ser formalmente acusado. Em 2016, ainda na gestão do democrata Barack Obama, recomendou-se que ele fosse libertado, mas o presidente seguinte, o republicano Donald Trump, preferiu mantê-lo detido.
O governo Obama recomendou sua saída de Guantánamo, "sujeita a garantias de segurança e de tratamento humano", conforme o Pentágono, mas isso ainda não havia ocorrido quando Trump assumiu o cargo em 2017.
Na presidência, Trump chegou a considerar aumentar a população de detentos em Guantánamo, um plano que não chegou a executar.
Já o governo atual, do democrata Joe Biden, lançou um estudo em fevereiro sobre como fechar a prisão, mas sem fazer promessas públicas, após o fracasso de Obama nesse sentido.
O governo Biden "está dedicado a seguir um processo deliberado e minucioso concentrado na redução responsável da população de detentos no centro de Guantánamo, protegendo, ao mesmo tempo, a segurança dos Estados Unidos e de seus aliados", afirma o Departamento de Estado em um comunicado divulgado nesta segunda-feira.
Washington também elogiou o papel do Marrocos por "repatriar seus cidadãos que viajaram para lutar por organizações terroristas no estrangeiro".
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