Em uma resolução apresentada pela União Europeia e aprovada após votação, o Conselho dos Direitos Humanos da ONU denunciou "a multiplicação das restrições desproporcionais e discriminatórias impostas ao exercício das liberdades de reunião pacífica, associação e expressão", que se traduzem em "atos de assédio sistemático, intimidação e repressão da sociedade civil e da mídia independente".
Enfrentando, desde as eleições presidenciais de agosto de 2020, um desafio político sem precedentes, o regime do presidente de Belarus, Alexander Lukashenko, prendeu centenas de opositores e forçou muitos deles ao exílio.
Além disso, o texto adotado pelo Conselho de Direitos Humanos prorroga o mandato do relator especial sobre Belarus por um ano, expressa preocupação com casos relatados de desaparecimentos e expulsões forçadas e denuncia "prisões arbitrárias e em massa" de pessoas que expressam opiniões divergentes.
De acordo com a ONG de direitos humanos bielorrussa Viasna, há cerca de 500 presos políticos atualmente na ex-república soviética.
A resolução também menciona informações sobre os "recursos sistemáticos e generalizados de tortura e outros tratamentos cruéis, desumanos ou degradantes e de violência sexual e de gênero contra pessoas presas e sob custódia policial em Belarus, incluindo crianças".
Além disso, a ONU exige "a libertação imediata e incondicional de todas as pessoas detidas arbitrariamente ou ilegalmente, incluindo prisioneiros políticos" e condena veementemente o desvio de um voo da RyanAir para prender o jornalista Roman Protasevich e sua companheira russa Sofia Sapega.
O avião voava de Atenas para a Lituânia, em 23 de maio, quando foi obrigado a pousar por uma suposta ameaça de bomba.
GENEBRA